A produtora de software SAP admitiu que uma de suas subsidiárias conduziu “downloads indevidos” de documentos pertencentes à grande rival Oracle, mas afirmou na terça-feira que a SAP em si não havia tido acesso ao material obtido.
Em resposta a acusações de roubo de propriedade intelectual apresentadas pela Oracle, o presidente-executivo da SAP, Henning Kagerman, disse que a subsidiária TomorrowNow não deveria ter realizado os downloads, mas que firewalls haviam protegido o material de qualquer uso pela SAP.
“Em minha perspectiva, um único download indevido já seria inaceitável e lamentamos demais que isso tenha ocorrido”, disse Kagermann, adotando postura mais conciliatória, em contraste com recentes declarações da SAP de que a empresa se defenderia agressivamente das acusações.
A SAP, maior produtora mundial de software de negócios, informou que ela e a TomorrowNow haviam sido convidadas a fornecer certos documentos ao Departamento da Justiça norte-americana, e que ambas pretendiam cooperar plenamente com a investigação.
Um porta-voz da SAP se recusou a acrescentar detalhes sobre o pedido do Departamento da Justiça, que pode conduzir a um processo criminal.
Stefan Kuppen, analista de software do JP Morgan, disse que “se estudarmos os detalhes que eles forneceram, parece que as coisas saíram errado na subsidiária, mas não houve um esforço coordenado de espionagem industrial.”
“No momento, o que temos é primordialmente uma batalha de relações públicas entre Oracle e SAP, e desse ponto de vista acredito que a resposta da SAP faça sentido”, ele acrescentou. “Mas é sempre difícil tomar uma decisão antes que a questão chegue a uma audiência judicial concreta.”
A SAP anunciou a criação de um novo posto de chairman executivo a fim de ajudar a garantir práticas apropriadas na TomorrowNow, uma empresa especializada em assistência técnica a versões antigas de software da Oracle, adquirida pela SAP em 2005 a fim de ajudá-la a conquistar clientes da rival.
Com informações de Yahoo!.