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10 Alternativas ao Minecraft

Já se passou uma semana, mas a notícia ainda não assentou direito entre os jogadores: a monolítica Microsoft comprou a Mojang, o maior exemplo de desenvolvedora de jogos independentes até agora. Em outras palavras, Minecraft agora pertence aos donos do Windows.

Não se sabe com certeza quais são os planos do gigante de Redmond para o amado jogo de sandbox. Mas já tem gente por aí que acredita piamente que algo de ruim vai acontecer e que Minecraft nunca mais será o mesmo.

Afinal, o que a Microsoft poderia fazer? Renomear o jogo para MSN World Builder Simulator 2015? Cobrar por DLCs futuros? Bloquear todos os servidores independentes e centralizar tudo em servidores oficiais (pagos) rodando em Azure? Acelerar o desenvolvimento de Minecraft 2.0 e torná-lo exclusivo do Xbox One? Abandonar o Java e portar o jogo todo para C#, para desespero dos modders?

Tudo isso é possível, embora pouco provável.

Mas, quer você esteja se preparando para o fim de Minecraft, quer esteja procurando uma alternativa com outras funcionalidades e/ou mais barata, trazemos aqui 10 jogos que podem roubar a coroa do “sandbox open-world” da Mojang e fazer com que a Microsoft termine com um elefante branco de 2 bilhões de dólares na sala. São cinco títulos que já estão disponíveis agora e cinco apostas para o futuro:

1) CastleMiner Z

Se tudo mais falhar para a Microsoft, ela sempre pode tentar de novo com CastleMiner Z: o bizarro título que mistura zumbis e blocos de construção foi o jogo independente mais baixado da Xbox Live de todos os tempos, com mais de um milhão de downloads.

Disponível também para PC, o jogo segue a fórmula: colete recursos, construa coisas, sobreviva aos monstros. Você pode se juntar 8 amigos para lutarem juntos contra os inimigos. Existe uma versão sem zumbis também, batizada apenas de CastleMiner.

O que ele tem que Minecraft não tem: é mais sombrio e apresenta armas de fogo. O foco aqui é a luta brutal pela sobrevivência.

2) Minimum

Se um jogo pode ter moral para vencer Minecraft é um jogo que foi dado como morto, mas voltou. Minimum seria desenvolvido inicialmente pela TimeGate Studios (segundo as más-línguas, a verdadeira desenvolvedora por trás do infame Aliens: Colonial Marines). Um mês depois do anúncio do jogo, a TimeGate fechou as portas por falta de grana. Minimum foi enterrado até ser desencavado, concluído e lançado pela Human Head Studios.

Em Minimum, seus criadores juntaram as batalhas frenéticas dos MOBAs com a liberdade de construção de Minecraft. Em times de 5, os jogadores se enfrentam em uma arena onde é possível coletar recursos e construir coisas, além de tentar ativar um robô gigante que pode decidir a luta de uma vez por todas, enquanto evoluem com cada oponente derrubado.

O que ele tem que Minecraft não tem: é mais ágil, com foco na luta entre jogadores. E robôs gigantes, chamados de Titans porque ninguém na Human Head tem medo de processo.

3) SurvivalCraft

Um único desenvolvedor, chamado de Kaalus, trabalhou sozinho em SurvivalCraft pelos últimos três anos. Ao contrário de outras alternativas, esse jogo é exclusivo das plataformas móveis, disponível para Android, iOS e Windows Phone.

Em SurvivalCraft, você controla um personagem que naufragou em uma ilha e agora precisa juntar recursos, construir coisas e sobreviver ao ataque dos predadores enquanto aguarda um resgate que nunca virá.

O que ele tem que Minecraft não tem: a fauna é mais variada e, vamos ser sinceros, é a única opção que usuários de Windows Phone tem (por enquanto) para jogar Minecraft. Mesmo usuários de Android e iOS podem ficar tentados pelo preço mais baixo.

4) Blocksworld

Quando uma empresa com o currículo da Linden Labs faz um “clone de Minecraft”, é melhor ficar de olho. A desenvolvedora é a responsável pelo fenômeno de realidade virtual que foi Second Life e pela plataforma de comercialização de jogos independentes Desura. Blocksworld é o seu terceiro projeto e, até o momento, é exclusivo para iOS.

Se o foco de títulos como CastleMiner Z pode ser considerado aquele garoto que já se acha “radical demais para continuar jogando Minecraft”, aqui teríamos o inverso: a Linden Labs mira nos pequerruchos com uma interface e uma jogabilidade ainda mais suaves que a criação original da Mojang. Vendido como um jogo “família”, Blocksworld permite construir e explorar um universo sem riscos.

O que ele tem que Minecraft não tem: é muito mais colorido e fácil, com a intenção de desenvolver um ambiente seguro e sadio para as crianças.

5) Terasology

Certamente a alternativa com o nome mais estranho do grupo, mas, não se engane, originalmente ele se chamava Blockmania, o que era um nome bem genérico, para dizer o mínimo. E Terasology é o único jogo da lista que possui o código aberto e disponível para download no Github.

Assim como em Minecraft, não há um objetivo específico e é possível desmontar blocos para construir coisas. Visualmente, o jogo pode confundir o desavisado. Mas o destaque aqui está na busca por um pouco mais de realismo, seja no aspecto físico, seja nas construções.

O que ele tem que Minecraft não tem: há efeitos visuais que não estão presentes na criação da Mojang, sem que se aplique mods. É inteiramente grátis e seu código está aberto para quem quiser contribuir com o projeto ou criar um derivado.

6) Planets³

Esse jogo pediu 250 mil dólares no Kickstarter em Abril deste ano e arrecadou mais de 300 mil para uma proposta ambiciosa: transformar o mundo solitário de Minecraft em um conjunto de planetas. Por que explorar um único globo quando há dezenas deles no céu?

https://www.youtube.com/watch?v=pktWBxxqAvQ

Os princípios estabelecidos pela Mojang estão aqui: tudo é constituído de blocos que você pode desmontar e construir outras coisas. Porém, ao contrário de Minecraft, aqui o protagonista não tem a habilidade necessária para construir estruturas complexas e precisa conquistar a confiança dos nativos, realizando missões, para desbloquear “artesãos” capazes de ajudá-lo a finalmente construir um foguete e partir para outro planeta e continuar sua exploração.

O que ele tem que Minecraft não tem: além dos planetas em forma de cubo, o jogo também inova ao introduzir diversos elementos de RPG, como evolução de estatísticas, interação com NPCs, seguidores e uma abordagem aberta que permite diferentes estilos de luta.

Data de lançamento: Uma versão alpha deve estar disponível até o final do ano, mas o jogo completo está previsto para ser lançado somente em 2015.

7) Proven Lands

Outro jogo de exploração espacial? Sim, mas é visualmente o oposto exato da alternativa acima, desistiu de usar o Kickstarter como forma de financiamento e seu foco é bem diferente.

https://www.youtube.com/watch?v=KUr4HMPTxSk

Proven Lands pretende contar uma história e trazer inimigos que se comportam com inteligência artificial dentro da trama ao mesmo tempo que tenta combinar a aleatoriedade dos roguelikes enquanto o protagonista explora, constrói, coleta material e sobrevive e nós somos brindados com a narrativa emergente que brotar desta salada.

O que ele tem que Minecraft não tem: se distancia do tradicional visual em cubos e promete um épico de ficção-científica no lugar da ausência de objetivos.

Data de lançamento: 2015. Se tudo der certo.

8) EverQuest Next

EverQuest é um dos mais antigos MMORPGs em atividade, uma vez que o primeiro título da franquia foi lançado em 1999 e ainda está online. A marca também foi pioneira na arte de reter a atenção dos jogadores de tal forma que já ganhou o apelido nada amigável de “EverCrack”. O próximo capítulo da série pretende juntar o mundo dos jogos massivos com a liberdade de criação de Minecraft. E de graça!

https://www.youtube.com/watch?v=Dh_0neHhR0k

EverQuest Next promete revolucionar a si mesmo com a introdução de ambientes totalmente transformáveis: o jogador poderá destruir qualquer coisa, incluindo o próprio chão; mas também poderá construir casas, vilas e cidades.O primeiro componente do jogo, batizado de Landmark, já está disponível em versão Beta ou pode ser adquirido em Acesso Antecipado, através do Steam. Segundo a desenvolvedora, as melhores criações em Landmark serão transferidas para EverQuest Next quando o MMORPG for finalmente lançado.

O que ele tem que Minecraft não tem: é um autêntico MMORPG, com Classes, nivelamento, diversidade de inimigos, suporte a milhares de jogadores simultâneos, objetivos, missões e o lore de EverQuest (ainda que seja um universo paralelo à série principal). É gratuito.

Data de lançamento: Ainda não foi determinada.

9) TUG

O que acontece quando você junta um grupo de acadêmicos e tecnólogos para produzir um jogo que é ao mesmo tempo um estudo do comportamento social humano? TUG é a resposta, um título que combina Minecraft com elementos sofisticados de interação e cooperação. Os próprios desenvolvedores defendem que a forma com que os jogadores interagem com o título irá determinar futuras atualizações da engine e da jogabilidade.

https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=Mci7bITbaLQ

Tudo aqui é colaborativo: os jogadores colaboram uns com os outros, com os desenvolvedores e até mesmo com a engine, que possui código-aberto. Apesar de não possuir o visual em blocos de Minecraft, a premissa permanece a mesma e você precisa desmontar, construir e sobreviver. Entretanto, os desenvolvedores da Nerd Kingdom criaram todo uma história por trás desse universo e até mesmo uma linguagem própria que pode ser decifrada enquanto o jogador explora.

O que ele tem que Minecraft não tem: um time de pesquisadores por trás, estudando cada aspecto da relação jogador x ambiente virtual. Em outras palavras, ao mesmo tempo em que você joga, também está participando de uma pesquisa acadêmica.

Data de lançamento: A versão alpha já está disponível, mas a versão final ainda não tem data marcada.

10) Fortnite

O sucesso de Minecraft atraiu a atenção de outras pessoas, além da Microsoft. A Epic Studios, famosa por seus títulos sombrios de tiro, como as séries Gears of War e Unreal, resolveu apostar na inovação e na liberdade oferecidas pelo jogo da Mojang para criar seu primeiro jogo na Unreal Engine 4. Muito antes do anúncio de um novo Unreal Tournament, o carro-chefe do novo motor gráfico da desenvolvedora seria o exótico Fortnite.

Conhecida no mercado por criar jogos onde a paleta de cores pende para o cinza, o preto e o vermelho-sangue (com ênfase no “sangue”), a Epic surpreendeu a todos ao apresentar Fortnite. No jogo, os participantes terão que captar recursos durante o dia e construir fortificações, para sobreviver à horda de criaturas que aparece durante a noite. Os mapas são gerados proceduralmente e são muito largos, então haverá uma boa dose de exploração envolvida na tradicional receita de “atire ou morra”.

O que ele tem que Minecraft não tem: É gratuito e o foco é pesado no combate, embora, sem fortificações adequadas, seu time não irá resistir por muito tempo. Sendo um jogo com dois ritmos diferentes, pode se tornar uma experiência interessante.

Data de lançamento:  2015, com uma versão alpha saindo ainda este ano.