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Mercado de trabalho na crise: Ainda vale a pena ser programador?

Nas últimas duas décadas, o cenário de tecnologia da informação e seu mercado de trabalho mudou completamente, principalmente agora que enfretamos uma crise econômica no país.

Parte disso vem de um aumento geral na disponibilidade de educação: Entre diplomas tradicionais, cursos online e bootcamps de codificação, quase todo mundo tem acesso a aprender programação se quiser. Os (às vezes) grandes salários e escritórios lindos, como o do Google, podem ser alguns bons incentivos também.

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Mas isso é bom ou ruim? Tecnicamente, é os dois. Para pesquisadores e sites de empregos, o setor de tecnologia está entro um dos poucos que ainda não cedeu completamente para a crise.

O lado Yang do problema

Segundo a Catho, um dos maiores sites de empregos no Brasil, entre os cargos com mais vagas abertas estão analista/técnico de suporte, desenvolvedor e programador. Para o cargo de diretor de TI, o salário médio seria superior a R$ 17 mil, e para o de gerente de TI, superior a R$ 7 mil, diz a Catho.

“Os sites de internet, empresas de tecnologia e startups têm conseguido seguir na contramão (do aumento do desemprego) e se manter em crescimento. E o que é melhor: com salários atraentes”, disse a empresa no final de agosto para a BBC Brasil.

Enquanto isso, uma pesquisa realizada em setembro pelo site Career Builder mostra que há vagas de tecnologia para estrangeiros no mercado de trabalho dos Estados Unidos.

Engenheiros de software estrangeiros são os mais procurados: 19% dos empregadores afirmam que estão a procura de especialistas da área. O segundo mais procurado são os analistas de sistemas e programadores, segundo afirmaram 11% dos empregadores entrevistados.

O lado Yin

Mas no lado dos programadores, muitos vêm reclamando que falta salário bom sim e oportunidades que não sejam furadas. E tem um pouco de verdade nisso sim:

Uma pesquisa realizada na comunidade online de carreira Love Mondays no início desse ano revelou que programadores estão entre os profissionais mais insatisfeitos. Os itens avaliados foram remuneração, benefícios, oportunidades de carreira, cultura da empresa e qualidade de vida, além da satisfação geral com o trabalho.

Além disso, nossa equipe conversou com alguns programadores e todos falaram a mesma coisa: Depois da crise, ainda tem vaga de trabalho sim. Mas a maioria das empresas não está disposta a pagar o mesmo que antes.

E agora, José?

O fato é que a maioria dos programadores gosta do que faz; da loucura de projetos com deadlines incrivelmente pequenos, a complexa simplicidade da lógica e, especialmente, quando consegue fazer aquela rotina sinistra rodar. O que significa que mudar de profissão nem passa pela cabeça.

Então vale seguir um dos maiores conselhos de todo pesquisador e analista de mercado: Evolua. Leia, aprenda mais, faça cursos extras na área e aposte em uma nova língua (ou linguagem).

O nosso conselho? Pesquise por termos técnicos no Google e espere pelo melhor!