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Os riscos de Pokémon Go para o ambiente corporativo

Depois de muita espera, Pokémon Go foi finalmente lançado no Brasil, já subiu para o primeiro lugar dos aplicativos mais baixados no país e tomou as ruas.

Mas… como todo sucesso, vem cercado de polêmicas, de dúvidas e de críticas.

Afinal, existe um lado negativo no jogo que virou febre mundial? Para a empresa de segurança eletrônica brasileira, Blockbit, a resposta é “sim”, principalmente para o ambiente corporativo. Segundo Edison Figueira, Chief Product Officer da empresa, “o Pokémon Go apresenta características que podem representar riscos para usuários e sistemas de TI”.

Confira a seguir o artigo elaborado pela Blockbit com os pontos preocupantes do jogo e que serve como um alerta para outras empresas:

Nível de acesso

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“Os desenvolvedores afirmam que o erro foi corrigido, mas primeira versões do app carregavam problemas no nível de autorização para utilização de dados do usuário. Ao fazer o login no app com uma conta Google, o jogador permitia que o app e, por consequência, seus desenvolvedores e qualquer pessoa com acesso à base de dados de usuários, acesso total total à e-mails, documentos, histórico de navegação e fotos.

O app também utiliza os recursos de localização por GPS do smartphone enquanto está em execução, mantendo um histórico de localização do usuário, e já há notícias de pessoas sendo atraídas para golpes e furtos enquanto procuram pelos pokémons. Uma vez que o dispositivo móvel do jogador é roubado, com ele também são levadas informações, dados e e-mails corporativos, um risco grave de perda de informações para as empresas.”

Conexão de dados

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“O usuário necessita de uma boa conexão de dados para conseguir jogar. Levando em consideração a alta popularidade do game, os jogadores podem perfeitamente utilizar a rede e conexões de dados móveis das empresas onde trabalham para capturar seus ‘pikachus’. O alto tráfego e consumo de dados podem impactar a qualidade de rede e os planos móveis corporativos, gerando custos para as companhias.”

Versões maliciosas do app

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“Devido ao alto volume de novos usuários, os servidores oficiais não estão conseguindo atender todos os novos pedidos de conexão do app, além disso a Niantic não disponibilizou oficialmente o jogo em todo o mundo. A solução encontrada pelos usuários foi a instalação a partir de arquivos APK hospedados em servidores espelho que podem, na verdade, hospedar malwares. Já se notou também a prática de phishing aliada ao app, em que software malicioso é disfarçado para parecer, por exemplo, um manual do usuário ou pacotes de recursos especiais para serem utilizados na brincadeira. Ao executar esse app, o usuário tem seus dados, fotos, contas e senhas roubados e pode ser vítima de um ataque do tipo ransomware em que o cibercriminoso só permite acesso aos dados mediante pagamento de um resgate.

Para se proteger, as empresas devem criar novas políticas de segurança que impeçam a conexão com os servidores do app, devem também fazer uma monitoria da carga de utilização de suas redes, para identificar a execução e uso do jogo em suas instalações. É possível também instalar recursos avançados de segurança no próprio dispositivo móvel que permitem aplicar as políticas de segurança, monitoria de conexão e busca por software e conexões maliciosas, impedindo a execução de app que podem trazer riscos e protegendo usuários e sistemas de falhas de segurança.”