A Justiça americana concluiu que a Apple utilizou tecnologia patenteada pela Universidade de Wisconsin – Madison para a criação de chips móveis utilizados nos iPhones, iPads Mini e iPads Air.
Para o juiz distrital William Conley, a Apple violou patentes e pode ser obrigada a pagar $862.4 milhões de dólares de indenização pelo uso indevido da tecnologia.
A Wisconsin Alumni Research Foundation (WARF), fundação de pesquisa da Universidade, entrou com um processo contra a Apple em fevereiro do ano passado, mas somente agora um juiz deu um parecer positivo sobre o caso. O processo diz respeito a tecnologias patenteadas pela fundação em 1998 e que teriam sido utilizadas para a fabricação dos chips A7, A8 e A8X, usados em diversos produtos da Apple.
A empresa vem lutando para rebater as acusações e chegou a solicitar ao Escritório de Marcas e Patentes dos Estados Unidos uma revisão das alegações da WARF, mas não obteve sucesso. A fundação universitária tem fama de ser um “troll de patentes” e já conseguiu um acordo extrajudicial com a Intel em 2009, pelo uso da mesma tecnologia que agora é o pivô da briga com a Apple.
O valor da indenização pode ultrapassar a casa do bilhão de dólares se a Justiça americana determinar que a Apple violou a patente de forma consciente. A cifra calculada até agora é apenas uma estimativa parcial.
Mesmo que o caso seja encerrado com um acordo ou com o pagamento do valor já estimado, a Apple e a WARF ainda vão se encontrar no tribunal novamente. A fundação da Universidade de Wisconsin – Madison entrou com outro processo contra a empresa de computação no mês passado, desta vez pelo violação das mesmas patentes para a produção dos chips A9 e A9X, utilizados nos novos iPhone e iPad Pro.