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Apple transformou usuários de iPad e iPhone em fãs

Fãs prestaram homenagem em todo mundo.
A Apple alcançou algo que toda empresa sonha, mas poucas conseguem. A companhia de Steve Jobs converteu seus consumidores em fãs a cada novo lançamento. Para especialistas, a estratégia de marketing, aliada a produtos de qualidade como o iPhone e iPad, criou seguidores da marca.

“Por meio de produtos mágicos e inventivos, a Apple conseguiu juntar cada vez mais fãs. Uma missão como essa, de criar produtos ótimos, não é para qualquer empresa”, diz Carlos Alberto Vargas Rossi, professor de marketing da UFRGS.

A companhia criada por Steve Jobs na década de 1970 sempre atraiu seus consumidores por meio de produtos inventivos. “Quando Jobs previu que cada cidadão americano teria um computador em casa, todos achavam que ele estava delirando. No entanto, isso mostrou sua capacidade de antevisão”, explica Rossi.

Os fãs estão no topo da lista de desejo de qualquer marca. “As empresas querem ter uma ligação forte com seu cliente. Porém, existem diferentes vínculos, desde os mais tênues, como de fidelidade e comportamento, até o mais extremo, que é o caso da paixão”, diz Marcos Machado, professor de Branding e Marketing da ESPM.

Rossi diz que todo profissional de marketing sonha em transformar seus consumidores em fãs. Mas para isso, eles precisam ter a capacidade de criar e entregar a magia, que é o caso da Apple. “Qual a diferença entre o fã e o cliente? O cliente tem uma avaliação racional. Se o produto deixa de atender a demanda, ele vai embora. O fã compra o produto pelos valores”, diz Machado.

Segundo o professor, a Apple conseguiu se apropriar de valores para conquistar seus fãs. “Qualquer pessoa quer estar envolvida com um grupo. Alguns são apaixonados por times de futebol. Outros conseguem canalizar a paixão em uma marca. Quando você coloca o logo da Apple em um carro, você não está dizendo que tem um produto da Apple, mas que são valores nos quais você acredita”.

Isso acontece nas categorias que têm um envolvimento maior com os consumidores, como carros e computadores. “Quanto maior for a presença do produto na vida da pessoa, mais o consumidor irá defender sua escolha”, diz Machado.

Para os especialistas, a Apple consegue conciliar duas habilidades que não são encontradas tão facilmente em uma companhia. “Não basta ser bom de cabeça. Tem que ser bom de braço também. Além da criatividade, a Apple executa tudo com muita propriedade. Essa lógica de conseguir transformar produtos extraordinários em fatos tem muito a ver com essas duas competências. A Apple é uma empresa criadora como poucas, mas com uma capacidade de execução como poucas também”, diz Rossi.

Com informações de G1.