Um levantamento realizado pela BSA, empresa que representa os direitos autorais de programas de gigantes da tecnologia, aponta um dado inédito: o brasileiro está pirateando menos.
Não apenas a taxa de programas pirateados no país diminuiu, como agora o Brasil se tornou a nação mais legalizada de toda a América Latina.
A BSA é a entidade que defende os interesses de empresas como Adobe, Microsoft e Autodesk e monitora a proliferação da pirataria do mundo. Segundo uma pesquisa oficial realizada sob encomenda da BSA que avaliou 20 mil usuários domésticos e corporativos, em 2009, o número de programas pirateados existentes em computadores no Brasil estava na marca de 56%. Em 2015, esse patamar caiu quase dez pontos percentuais e chegou a 47% dos softwares.
Ainda é um índice maior que a média mundial, que está em 39%. Mas o indicador significa que o Brasil está no caminho certo e o coloca em posição de destaque dentro do cenário regional. A vizinha Venezuela, por exemplo, apresenta um impressionante índice de 88% de softwares piratas instalados e aparece como o terceiro país com a maior taxa de pirataria, perdendo apenas para Líbia e Zimbábue. Confira o ranking completo dos dez países que mais pirateiam programas:
- Zimbábue (90%)
- Líbia (90%)
- Venezuela (88%)
- Bangladesh (86%)
- Armênia (86%)
- Moldávia (86%)
- Iraque (85%)
- Belarus (85%)
- Indonésia (84%)
- Paquistão (84%)
O levantamento também aponta uma forte relação entre o uso de softwares não-licenciados e o número de infecções e ataques maliciosos. A ilegalidade dos programas muitas vezes funciona como uma barreira contra atualizações de segurança e vulnerabilidades já corrigidas passam a ser uma ameaça para quem utiliza soluções piratas.
O estudo completo está disponível em formato PDF no site da BSA.