A última coisa que se esperava ouvir após a própria Adobe decretar o fim do Flash era alguém dizendo para “salvar” o formato, mas é exatamente isso que está acontecendo agora no Github.
Uma campanha organizada pelo desenvolvedor Juha Lindstedt pede que a Adobe abra o código fonte do Flash e, por incrível que pareça, a ideia tem sua validade.
Para Lindstedt, “o Flash é uma parte importante da história da internet e extinguir o Flash significa que futuras gerações não poderão acessar o passado. Jogos, experimentos e sites seriam esquecidos”. Ele acredita que abrir o código do Flash para a comunidade seria uma solução viável para manter esses projetos acessíveis, nem que seja como uma forma de arquivo. O desenvolvedor também aponta para a possibilidade de surgirem novas aplicações para o Flash, a partir do empenho de terceiros, inclusive ferramentas capazes de migrar o formato atual para outros mais modernos.
A ideia da campanha não é manter o Flash ativo e presente na internet como uma alternativa de apresentação de conteúdo, mas preservar seu valor histórico e cultural e desenvolver novos e inesperados caminhos nas mãos de outros programadores. No momento, Lindstedt está coletando assinaturas para sua proposta antes de encaminhá-la para a Adobe, que ainda não se manifestou publicamente sobre o movimento.
Parece pouco provável que a Adobe atenda à solicitação, mas é preciso lembrar que a empresa já abriu o código da framework Flex, para a criação de aplicativos em Flash, em 2008. Embora existam componentes licenciados dentro do código do Flash, o autor da campanha acredita que seja possível abrir somente a parte que cabe à Adobe e a própria comunidade encontraria formas de substituir as partes proprietárias por equivalentes disponíveis no ecossistema open source.
