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CEO do Uber não faz mais parte do grupo de conselheiros de Donald Trump

Durou bem pouco a lua de mel entre o presidente dos Estados Unidos e os comandantes das maiores empresas de tecnologia do país: depois de um protesto em massa, agora é a vez do CEO do Uber abandonar a equipe que assessora diretamente Donald Trump.

No início da noite de ontem, Travis Kalanick anunciou primeiro aos funcionários do Uber sobre sua saída do conselho de assessores de negócios do Republicano e depois confirmou à imprensa.

Kalanick e Elon Musk aceitaram um papel como conselheiros diretos de Donald Trump no ano passado, juntamente com Safra Catz, CEO da Oracle. Mas a repercussão negativa do decreto presidencial contra a entrada de imigrantes de sete países nos Estados Unidos levou a uma campanha contra o Uber. Segundo um levantamento, 200 mil usuários não apenas protestaram contra o aplicativo, mas realmente o desinstalaram de seus dispositivos móveis. Enquanto isso, o Lyft, principal rival do Uber no país, passou a frente em número de downloads pela primeira vez.

Para Kalanick ficou clara que sua posição como assessor do presidente estava passando a mensagem não apenas de que ele concordava com suas decisões, como a de que o próprio Uber apoiaria Donald Trump. Em seu comunicado aos funcionários, o executivo reclama: “me juntar ao grupo não era para significar ser um endosso ao Presidente ou sua agenda, mas infelizmente está sendo mal-interpretado exatamente dessa forma”.

A primeira reunião do conselho de assessores com Trump no cargo de presidente acontece nessa sexta-feira e Kalanick usará o momento para comunicar a todos sua decisão e reforçar sua oposição ao decreto anti-migratório. De acordo com o CEO do Uber, Donald Trump já foi informado pessoalmente sobre o assunto e sobre a saída de seu conselheiro.