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Chefe de Inteligência Artificial do Google não acredita no apocalipse das máquinas

John Giannandrea, Chefe da divisão de Inteligência Artificial do Google, é taxativo: “eu definitivamente não estou preocupado a respeito do apocalipse das Inteligências Artificiais”.

O engenheiro do Google foi um dos convidados do evento de tecnologia TechCrunch Disrupt SF essa semana e apontou que ainda existem muitos mitos sobre seu ramo de pesquisa.

Muitos anos atrás, Giannandrea declarou que as Inteligências Artificiais podiam ser comparadas em termos de processamento de ideias com uma criança de 4 anos. O tempo passou e elas evoluíram? Não, pelo contrário: evoluiu a visão dos cientistas sobre o tópico, que agora adotam uma postura muito mais realista. “Elas não estão nem perto de terem o propósito geral de uma criança de quatro anos”. E reclama sobre o excesso do que chamou de “euforia” e “barulho” a respeito do setor.

Para o engenheiro, há uma grande confusão sobre Inteligências Artificiais gerais, capazes de efetivamente raciocinar e aprender sobre qualquer tema, como um cérebro real, e aquelas que estão sendo pesquisadas e desenvolvidas em laboratórios, algoritmos de aprendizado máquina capazes de identificar padrões em quantidades enormes de dados e configurados para realizar tarefas específicas com eficiência.

“Tem muitas pessoas que estão desnecessariamente preocupadas a respeito da ascensão de uma IA geral”, afirmou. “Aprendizado de máquina e inteligência artificial são extremamente importantes e irão revolucionar nossa indústria. O que nós estamos fazendo é construir ferramentas como o mecanismo de busca do Google e tornando vocês mais produtivos”, acrescentou.

Para Giannandrea até mesmo o termo “Inteligência Artificial” é impreciso. “Eu estou quase tentando me afastar do termo Inteligência Artificial – é como Big Data. É um termo muito amplo”, comparou. De acordo com o engenheiro do Google, “não é bem definido” e ele está tentando adotar o termo “inteligência de máquina” em seu lugar.