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China bloqueia serviços do Google para evitar pesquisas sobre Tiananmen Square

Desde a semana passada, várias fontes fora da China vem confirmado que os serviços do Google estão inacessíveis no país. Acredita-se que seja uma forma de censura para evitar a propagação de informações no 25º aniversário do massacre da Tiananmen Square.

Em quatro de Junho de 1989, as forças armadas chineses dispersaram com extrema violência um grupo de manifestantes que se aglomeravam na praça Tiananmen, em Beijing. Tanques blindados e tropas fortemente armadas mataram e encarceraram um número indeterminado de participantes do protesto contra o governo comunista. Desde então, as autoridades chinesas ergueram uma muralha de censura contra todo e qualquer tipo de informação relacionado ao incidente.

Anualmente, próximo ao aniversário do massacre, redes sociais e outros serviços de divulgação e pesquisa da Internet são bloqueados na China por ordens governamentais. Mesmo serviços locais são monitorados em busca de comentários relacionados à Tiananmen Square.

Tank Man
Estudante anônimo detém coluna de tanques na praça Tiananmen em 1989. Seu destino é desconhecido até hoje.

O Google tentou instalar suas operações em território chinês, mas recuou diante da ameaça de controle rigoroso por parte do governo. A alternativa encontrada pela empresa foi operar a partir de Hong Kong para dentro do território chinês. Ainda assim, as autoridades locais conseguem bloquear o fluxo de tráfego vindo de Hong Kong. Até o momento, o Google não se pronunciou sobre o bloqueio deste ano.