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Designer responsável por Gears Of War acredita que empréstimo e aluguel de games é nocivo para a indústria

Designer defendeu indiretamente a Microsoft

O designer de games responsável pela franquia Gears Of War, Cliff Bleszinski, publicou algumas mensagens em sua conta do Twitter, tentando explicar o dano que o mercado de jogos usados causa à indústria de games.

– É impossível manter os orçamentos de desenvolvimento e marketing de games no patamar atual convivendo com jogos usados e alugados. Os números não dão certo, pessoal – afirmou o designer, falando sobre a restrição de jogos usados no Xbox One, confirmada pela Microsoft na sexta-feira passada (07).

Ele explicou sua posição, justificando-a com o alto custo de desenvolvimento de games com grande fidelidade visual, como Assassin’s Creed.

– A fidelidade visual e os cenários que esperamos dos games hoje em dia têm custos altíssimos. Jogos de Assassin’s Creed são feitos por milhares de desenvolvedores. (…) É por isso que vocês estão vendo games gratuitos com microtransações por todo lado. O modelo de jogo em disco por 60 dólares está entrando em colapso – afirmou Bleszinski.

Quando questionado sobre os tuítes, o designer acabou perdendo um pouco a paciência. “Os que estão me dizendo “então abaixem os orçamentos”, percebem o quanto estão parecendo idiotas, certo?”.

A Microsoft não bloqueou totalmente a troca de games, mas impôs uma série de limitações. Cada game só poderá ser trocado uma vez, e apenas entre usuários que já sejam amigos na Xbox Live há, no mínimo, um mês. As produtoras terão o direito de cobrar taxas sobre esses games, caso considerem a medida necessária.

O Xbox One chegará ao Brasil em novembro por R$ 2.199, mais que o dobro do preço do aparelho nos EUA. Nos Estados Unidos, o console será vendido por US$ 499, o equivalente a aproximadamente R$ 1.026. Até mesmo em relação ao preço do console na Europa, onde custará € 499 (algo em torno de R$ 1.426), o console chega mais caro ao Brasil. Em relação à Europa, o videogame será em torno de 50% mais caro, no Brasil.