Categorias

Dispositivo da Microsoft reduz efeitos do Mal de Parkinson

No meio de tantas novidades do Windows 10 apresentadas na Build 2017 na semana passada, o dispositivo “Emma” poderia ter passado despercebido.

Mas o invento pode significar um sinal de esperança para aqueles que lutam contra o Mal de Parkinson no seu cotidiano: o pequeno wearable é capaz de estabilizar os movimentos da mão do paciente.

O aparelho foi batizado em homenagem à voluntária Emma Lawton que ajudou o time de pesquisa da Microsoft Research no desenvolvimento. Usando motores vibracionais similares aos encontrados em smartphones, o relógio Emma consegue criar uma reação aos tremores provocados pela doença. Não é uma cura e seu funcionamento ainda está sendo compreendido, mas o dispositivo permite que o paciente com Mal de Parkinson realize tarefas antes consideradas impossíveis, como a escrita. Confira o vídeo:

https://youtu.be/k9Rm-U9havE

Para Haiyan Zhang, Diretora de Inovação da Microsoft encarregada do projeto, o segredo da tecnologia está em “ouvir Emma descrever sua experiência porque essa é a única forma que você tem de entender o que está acontecendo com ela fisicamente e então tirar conclusões a partir daí”. Ao enviar vibrações para o sistema nervoso da paciente, o dispositivo contrapõe as informações dos tremores e impediria que o cérebro enviasse comandos reversos para tentar impedir os tremores iniciais, o que geralmente amplifica o descontrole.

Emma Lawton foi diagnosticada com a doença em 2013 e desde então vem sofrendo o desconforto e os obstáculos dos movimentos involuntários. Como designer gráfica, foi obrigada a largar a profissão. “Mas, mais do que qualquer outra coisa, eu apenas queria ser capaz de escrever meu nome corretamente”, desabafou ela, aos 33 anos. Com o dispositivo, não havia mais uma barreira no seu caminho.

A designer está utilizando o relógio que leva seu nome há cerca de um ano e já voltou a trabalhar na área. Ela também publica um vlog, onde fala sobre suas experiências com a tecnologia e como faz para superar a doença. “O dispositivo não para meus tremores. Ele me dá controle. A escrita não sai perfeita. Mas, meu Deus, é melhor”, revela Lawton.