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Estônia vai treinar parte de sua força de trabalho como programadores

O Ministério de Assuntos Econômicos e Infraestrutura da Estônia anunciou um plano emergencial para suprir a demanda de profissionais de TI no país: vai treinar profissionais de outras áreas como programadores.

O país do Leste Europeu tem uma uma deficiência de mão-de-obra qualificada no setor de tecnologia, que, na opinião do governo, não pode ser solucionada somente com a contratação de estrangeiros.

A iniciativa do Ministério envolve o treinamento de cerca de 500 profissionais que nunca trabalharam com programação antes, torná-los desenvolvedores de software júnior, com foco nas plataformas Java e .NET. O treinamento deverá durar 14 semanas, com as primeiras 8 semanas dedicadas a cursos intensivos de programação e as seis semanas seguintes dedicadas a aprendizado prático, com os estudantes já integrados a empresas da área como trainees. Ao final do período, eles já estarão habilitados a permanecerem no mercado de trabalho como programadores.

Nos últimos anos, a demanda por profissionais capacitados na região tem crescido mais rápido do que a oferta e a estimativa oficial do governo é que o setor de TI da Estônia necessite de mais 6.400 trabalhadores até 2020. Segundo cálculos da Praxis, uma consultoria local, esse número pode chegar a 8.600 candidatos. Para o Ministro Kristan Michal, para aliviar essa defasagem “não é suficiente ampliar o número de admissão de estudantes ou atrair uma força de trabalho estrangeira”.

Um dos problemas detectados derivados dessa carência de programadores habilitados é a supervalorização de salários. Representantes da indústria de TI da Estônia afirmam que a produtividade no país é baixa e os salários muito altos para profissionais que não correspondem em qualidade. Uma das saídas que o setor vem encontrado é a oferta de home office para desenvolvedores situados em países vizinhos, como Ucrânia e Bielorrússia.