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Facebook mentiu sobre métricas de visualizações de vídeos

O Facebook admitiu na sexta-feira que forneceu por dois anos métricas erradas de visualizações de vídeos na plataforma, inflando os números para as agências de publicidade.

A revelação de que houve um “erro na forma de calcular” repercutiu mal na mídia e colocou em xeque tanto as estatísticas oficiais fornecidas pelo Facebook como sua estratégia futura de investir pesado em conteúdo de vídeo.

De acordo com a empresa, “o erro foi resolvido, não afetou o faturamento e informamos a nossos parceiros. (…) Esta estatística é uma das muitas que nossos parceiros utilizam para planejar suas campanhas de vídeo”. Segundo o jornal Wall Street Journal, o Facebook não estava computando usuários que assistiam vídeos por menos de três segundos para o cálculo da média de tempo gasto em visualizações, o que acabava gerando uma média de engajamento muito mais alta do que real.

Fontes consultadas pelo jornal informaram que o desvio final na métrica poderia chegar a 80% do esperado e que o impacto em campanhas de vídeo e seus valores foram significativos. Estatísticas infladas teriam contribuído para o alardeado impulso que o conteúdo em vídeo teve na rede social nos últimos anos, induzindo redes de anunciantes a investir no Facebook e em anúncios em vídeos.

A Publicis Media, responsável por administrar 77 bilhões de dólares de publicidade do mundo inteiro no ano passado, publicou uma nota criticando duramente a falha do Facebook: “isso uma vez mais lança uma luz na necessidade absoluta de termos uma empresa terceirizada marcando e verificando a plataforma do Facebook. Dois anos de números de performance inflados são inaceitáveis”.