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Falso navegador pode roubar dados de usuários de dois grandes bancos brasileiros

O Laboratório de Pesquisas da ESET América Latina identificou um golpe virtual voltado a roubar informações bancárias dos usuários de dois grandes bancos brasileiros. Na ação, os cibercriminosos utilizam um Trojan (Cavalo de Troia) que cria um navegador falso, que simula a página virtual da instituição financeira.

O Trojan foi batizado como Win32/Spy.Bancos.ACD. e, quando executado na máquina do usuário, ele abre um navegador muito similar ao Google Chrome diretamente na página de um dos dez mais utilizados bancos no Brasil.

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Apesar do navegador ser falso, ele direciona o usuário ao site real da instituição bancária. O objetivo é monitorar e roubar os dados bancários – que correspondem ao número da agência, conta, nome do titular e senha eletrônica alfanumérica de oito dígitos. Para roubar a senha, o Cavalo de Troia capta as posições do mouse do usuário no teclado virtual.

O navegador falso é muito similar ao Google Chrome e, apesar dele simular uma tela tradicional, tem funções restritas e só permite a interação com o home banking. Os botões, como ‘atualizar’, não funcionam e, apesar de permitir que o usuário digite o endereço de outro site, ele não direciona para a página digitada.

A segunda variação do golpe identificada pelos pesquisadores da ESET, também voltada a uma grande instituição financeira brasileira, apresenta um comportamento bastante similar. Nos dois casos, todos os dados bancários do usuário são armazenados e enviados por meio de um arquivo comprimido para uma conta de email, utilizando o Gmail.

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“Os bancos brasileiros investem fortemente em controles de segurança diversos. Por conta disso, o roubo das credenciais de acesso bancário não é algo comum”, afirma Camillo Di Jorge, Country Manager da ESET Brasil. “No entanto, esses dois casos identificados pelos pesquisadores da ESET servem de alerta para os usuários desse tipo de serviço. Uma forma de proteger-se desse golpe é ter uma solução de antivírus instalada no computador ou outro equipamento de acesso à internet e ficar atento na hora de informar os dados bancários. O usuário deve desconfiar se a página do banco estiver diferente do habitual”, complementa.