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Ford e GM são processadas por causa de veículos que “ripam” CDs

A indústria fonográfica abriu guerra contra duas empresas automobilísticas: a Ford e a GM. Um processo correndo na Justiça exige milhões de dólares em indenização por causa de veículos que conseguem “ripar” CDs de áudio para um disco rígido interno.

O processo foi aberto pela Alliance of Artists and Recording Companies (AARC), uma aliança que representa mais de 300 mil artistas musicais. De acordo com o texto do processo, as montadoras devem pagar US$2500 por cada carro fabricado com esta capacidade, o que resultaria em um valor que ultrapassa e muito a casa dos milhões de dólares.

No caso da Ford, uma funcionalidade em muitos modelos chamada de Jukebox permite que o sistema de som copie o conteúdo de CDs de música para um disco interno de 10GB. O próprio manual do sistema indica que isso equivale a 164 horas de música ou aproximadamente 2472 faixas. A GM possui o mesmo sistema, embora com o nome de Denso.

Ambas as empresas implementaram o recurso por volta de 2011. Os modelos incluídos no processo compõem uma longa lista, que abrange o Lincoln MKS, Ford Taurus, Ford Explorer, Buick LaCrosse, Cadillac SRX, Chevrolet Volt e muitos outros.

Segundo a AARC, as montadoras estariam violando uma lei de 1992 que regula a existência de aparelhos dedicados à copia de áudio. Na argumentação do processo, os veículos com esta funcionalidade estariam sendo promovidos justamente pela habilidade de “ripar” CDs e que seus fabricantes devem pagar royalties para os criadores das músicas.