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Google celebra 96º aniversário de Nelson Mandela com doodle interativo

Há 96 anos atrás, um revolucionário nascia: Nelson Mandela, que viria a ser o rosto de resistência à injustiça e o “pai da nação” para a África do Sul. E o Google está comemorando isso.

A gigante lançou hoje um Doodle interativo. Ele começa com uma ilustração do ex-líder e usuários podem clicar em setas ao lado para lerem diversas de suas frases mais conhecidas, que aparecem junto de ilustrações retratando fases de sua “Longa caminhada para a liberdade”.

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Katy Wu, doodler do Google, disse que a princípio pensou que teria de fazer desenhos sérios por se tratar de uma figura tão importante. No entanto, conforme foi aprendendo mais sobre Mandela, Wu diz que começou a entender que ele era um homem com muita personalidade e isso acabou inspirando-a para criar o Doodle.

Sobre a escolha de incorporar suas citações, ela diz: “Algo que se destacou para mim sobre Nelson Mandela era sua maneira eloqüente com as palavras. Acho que as palavras dele mostravam o tipo de homem que ele era, então eu queria focar a direção criativa do Doodle em suas citações com a história da África do Sul como um pano de fundo”.

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O Doodle mostra a aldeia onde Mandela cresceu, e segue o seu caminho através de seu encarceramento até sua eleição como o primeiro presidente negro da África do Sul, em 1994.

Durante seu tempo na prisão, Mandela estudou Direito e aprendeu Afrikaans, a fim de ser capaz de falar com os homens que estavam guardando-o. A ilustração do Google da prisão de Mandela em Robben Island mostra-o lendo, acompanhado pela frase: “A educação é a arma mais poderosa que podemos usar para mudar o mundo”.

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Politicamente um nacionalista e socialista democrático africano, Mandela tornou-se membro do Congresso Nacional Africano (ANC, em inglês) com vinte anos, e mais tarde tornou-se seu presidente. Como resultado de seu trabalho com o ANC, ele passou 27 anos na prisão, acusado de sabotagem e conspiração para derrubar o Estado.

Em 1980, o slogan “Liberte Mandela!” Começou a se espalhar, levando o Conselho de Segurança da ONU a pedir sua libertação. No entanto, aliados da Guerra Fria na África do Sul, incluindo Margaret Thatcher, viam o revolucionário como terrorista comunista e se opuseram a sua libertação. Só em 2008 que os membros do ANC foram oficialmente removidos da lista de suspeitos de terrorismo nos EUA.

Mandela foi finalmente liberto após a queda do muro de Berlim, e tornou-se uma parte importante nas negociações que levaram ao fim do apartheid. Ele morreu no ano passado, em 5 de dezembro, depois de sofrer de uma infecção pulmonar.