Segundo o jornal The Washington Post, o Google começou a conduzir uma investigação para averiguar a interferência da Rússia na opinião pública norte-americana e já teria encontrado indícios de anúncios patrocinados.
Casos similares estão emergindo envolvendo o Facebook e o Twitter e era mais ou menos óbvio que a campanha engendrada no ano passado não ignoraria o potencial da ampla plataforma publicitária do Google.
Oficialmente, o Google não nega nem confirma uma investigação envolvendo a Rússia. Mas fontes consultadas pelo The Washington Post afirmam que, apesar da iniciativa estar em sua fase preliminar, já foi encontrado um investimento de pelo menos dezenas de milhares de dólares em anúncios. Esse material teria sido divulgado através do mecanismo de busca e no YouTube e estaria ligado a operativos russos.
De acordo com uma porta-voz do Google, a empresa possui “um conjunto restrito de políticas publicitárias incluindo limitações para anúncios com foco em política e proibições em atingir o público com base em raça ou religião”. O Google também esclareceu que está buscando “investigar tentativas de abusar nossos sistemas, trabalhando com pesquisadores e outras empresas e irá oferecer auxílio em inquéritos vindouros”.
Ao lado de representantes do Facebook e do Twitter, o Google também é um dos gigantes da internet convocado para depor em uma investigação em andamento comandada pelo Congresso dos Estados Unidos para identificar o que seria uma campanha de manipulação do tecido social conduzida pela Rússia em 2016.
