O Ministro das Comunicações Maximiliano Martinhão anunciou na semana passada que a meta do governo é colocar fibra óptica em 90% das cidades brasileiras.
Embora a meta não tenha uma data específica para ser atingida, ainda assim ela é um desafio colossal: atualmente cerca de 80% do cabeamento por fibra está concentrado em apenas 4% das áreas urbanas no país.
Martinhão explicou a matemática das vantagens que o acesso facilitado à banda larga podem trazer ao Brasil: “ao dobrar a velocidade média, adicionamos 0,3 pontos percentuais ao PIB. Ao multiplicarmos essa média por cinco podemos aumentar o orçamento doméstico mensal em até 5,7 por cento”.
Ainda que de forma lenta, a velocidade média da banda larga no Brasil vem aumentando ao longo dos anos, mas o país vem caindo em comparação com seus vizinhos e há espaço para aceleração. Há um ano atrás, a velocidade média de acesso registrada no país foi de 2.9 Mbps em Junho, contra a média global de 4.6 Mbps.
A proposta faz parte do Plano Nacional de Banda Larga e irá, a princípio, se concentrar em ampliar a rede de fibra óptica já existente nas grandes cidades. Em 2016, será inaugurado um novo cabo submarino patrocinado pelo Google e que irá fazer mais uma ligação entre Brasil e Estados Unidos. Em 2017, será a vez da inauguração do cabo submarino ligando o país à Angola.
