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Greve na Foxconn Brazil pode afetar produção mundial de iPhones

Cerca de 3.700 trabalhadores da Foxconn Brazil cruzaram os braços em Jundiaí desde o dia 11 de Setembro. Fábrica é a única instalação fora da China que produz o iPhone e o iPad.

Desde que a unidade foi inaugurada em 2012, os salários não sofreram qualquer reajuste e não há um plano de carreiras. A negociação entre os funcionários e a direção não avançou e agora há piquetes na porta da fábrica para impedir a entrada de quem ainda não aderiu à greve.

No começo desse mês, a Foxconn foi novamente acusada de violar princípios trabalhistas e de segurança. A empresa já enfrentou crises de relacionamento no passado com seus empregados em Taiwan, na China e, agora, pela segunda vez no Brasil. Os funcionários brasileiros  já haviam protestado contra a Foxconn em Fevereiro do ano passado.

De acordo com Evandro Santos, líder do Sindicato dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo, nada foi feito desde o ano passado e a Foxconn precisa “apresentar uma estrutura para que o trabalhador, quando entrar na empresa, possa saber até onde pode chegar”.

Santos completa: “as pessoas estão simplesmente estagnando aqui. Nós queremos que os trabalhadores sejam reconhecidos pelo trabalho que fazem e tratados com respeito e nós não estamos vendo isso acontecer aqui”.