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Microsoft quer distribuir Inteligência Artificial o mais rápido possível

Para a Microsoft, o maior desafio da Inteligência Artificial não é o risco de ela levar à derrocada da Humanidade mas como distribui-la e implementá-la o mais rápido possível em todos os cantos.

Diferentes executivos da empresa defenderam a tecnologia durante o evento Microsoft Summit que aconteceu em Sydney na semana passada e acreditam que o ser humano é capaz de se adaptar para não se tornar obsoleto.

Dave Heiner, conselheiro de políticas estratégicas da Microsoft, relatou que as Inteligências Artificiais, ou “inteligência computacional”, como prefere chamar, poderão “amplificar a genialidade humana” e que poderão ser úteis em todos os lugares. Seu maior medo é que elas não possam ser distribuídas na velocidade necessária para provocar grandes mudanças, uma vez que a tecnologia está nas mãos de apenas 4 ou 5 empresas.

Steve Clayton, Gerente Geral da divisão de IA da Microsoft, atribui a visão negativa que a sociedade está construindo das Inteligências Artificiais a um mal-entendido: “se você fizer uma pesquisa em qualquer mecanismo de pesquisa lá fora … se você procurar inteligência artificial, você provavelmente será atendido por imagens de robôs e de coisas de tipo humanoide e automação e eu acho que a conversa em torno de IA está nesse ponto bem agora”. O executivo sustenta que é necessário mudar essa mentalidade, para uma visão mais criativa, mais construtiva da tecnologia.

Para Heiner, recuperar essa confiança do público é fundamental, porque o sucesso das Inteligências Artificiais depende de dados. “Se as pessoas não confiam em que seus dados serão usados de uma maneira boa, eles não o compartilharão. Se as pessoas não confiam nos resultados de um sistema de IA, eles também não estarão aplicando essa IA”, alertou o conselheiro.

“Precisamos realmente trabalhar duro em um conjunto de questões sociais que a AI levanta, como a confiabilidade dos sistemas, a privacidade relativa aos dados, a equidade desses sistemas e a transparência, sendo realmente capazes de explicar como eles funcionam”, afirmou Heiner.

Julia White, Vice-Presidente Corporativa do Microsoft Azure, desmentiu o mito de que IAs poderão substituir os humanos no futuro e ressaltou que nossa espécie está sempre aprendendo, evoluindo e se adaptando. Para ela, “a maneira como a tecnologia aumentou nossas capacidades até agora, não vemos como a próxima geração possa ser diferente”.

“Só porque agora posso ter um smartphone e um PC não significa que eu, como humano, não sou mais relevante. Na verdade, sou mais capaz. Posso me comunicar com mais pessoas. Eu posso ser mais eficiente. Posso fazer mais coisas”, concluiu a executiva.