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Motoristas do Uber fazem greve em Nova York

Uma parcela dos motoristas que fazem parte do sistema Uber em Nova York resolveu cruzar os braços e protestar nessa segunda-feira contra a redução da tarifa cobrada pelo transporte na cidade.

O Uber reduziu o valor das corridas em 15% por três semanas para incentivar o uso do aplicativo de caronas pagas durante o rigoroso Inverno, mas uma parte dos motoristas não aceita a decisão.

De acordo com a empresa, a estratégia pode gerar uma renda maior de 20% para seus motoristas, mas a liderança do protesto sustenta que isso não é verdade. Para Abdoul Diallo, um dos organizadores da greve, “tem motorista dirigindo seus carros até o osso. Eles estão vivendo de empréstimos por causa do Uber”. E rebate as contas da empresa: “não precisa ter um diploma em Matemática para saber que menos não pode significar mais”.

Segundo os manifestantes, o porcentual pago aos profissionais do serviço seria insatisfatório e estaria obrigando diversos motoristas a trabalharem por muito mais horas para obter o mesmo faturamento de antes.

Apesar da baixa adesão ao movimento, de menos de 1% dos 35 mil motoristas registrados pelo Uber em Nova York, ele pode representar um sinal de mais problemas no horizonte. Há interesse entre os profissionais de se sindicalizarem para reivindicar mais direitos, a exemplo do que já vem acontecendo em Seattle. Durante a a greve, folhetos eram distribuídos entre os motoristas para organizar um sindicato local.

Tashi Sherpa é outro que estava presente nesta segunda-feira participando da paralisação. Ele trabalha há dois anos para o Uber, mas é contundente em criticar a empresa: “eles estão matando os motoristas. Eles são uma empresa de bilhões de dólares por causa dos motoristas. E agora eles estão brincando com a gente”.