Segundo dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), pela primeira vez na História da tecnologia no Brasil, o número de linhas de telefonia móvel caiu ao invés de continuar subindo.
Entre Maio de 2015 e Outubro, este número caiu de 284 milhões para 274 milhões em todo o país, uma quase de quase 4%. Ascensão do WhatsApp seria uma das causas sugeridas.
Com a redução de custos das ligações entre operadoras diferentes e o uso de aplicativos de mensagens como o WhatsApp, estaria desaparecendo a figura do usuário que possui diversas linhas de mais de uma operadora. De acordo com o diretor de varejo da Oi, Bernardo Winik, “antes o usuário gastava um tanto em duas ou três operadoras. Agora, ele gasta o mesmo tanto em uma única”.
Winik é contrário à proibição de aplciativos como o WhatsApp: “não adianta remar contra a maré. Concordamos com nossos concorrentes quando eles dizem que é preciso haver simetria regulatória. Não é justo que tenhamos tantas obrigações e os aplicativos, nenhuma. Mas não vamos proibir nossos usuários de usá-los”.
Para outras operadoras, entretanto, a redução do número de usuários em contas pré-pagas teria puxado o número de linhas para baixo. Mesmo ociosas, essas linhas pré-pagas acarretam custos para as empresas, como taxas e manutenção e, em razão da crise econômica, as operadoras admitem que estão mais rigorosas no processo de cortes.
Segundo o presidente da Febratel (Federação Brasileira de Telecomunicações), Eduardo Levy, não se pode atribuir a um único fator essa queda histórica. “É preciso considerar a redução do preço adicional por ligações entre operadoras diferentes, a migração de voz para dados, o aumento de encargos e a situação econômica do país. Tudo isso faz com que as empresas adaptem seus modelos de negócios”, afirmou Levy.
