O piloto automático de um Tesla foi o responsável por salvar a vida de seu motorista no final de Julho, no estado norte-americano do Missouri.
Joshua Neally teve uma embolia pulmonar no trânsito enquanto dirigia de volta para casa, mas ele ativou o sistema autônomo do veículo por vários quilômetros até chegar ao hospital mais próximo e reassumir o volante.
O carro operou sozinho por cerca de 32 quilômetros na autoestrada, mantendo a velocidade constante, a faixa certa e o rumo correto, enquanto Neally era acometido “pela dor mais excruciante que já senti na vida”. O motorista conseguiu entrar em contato pelo telefone com sua esposa e decidiu tomar o rumo de uma emergência pessoalmente, ao invés de parar o carro no acostamento e aguardar uma ambulância.
Entrevistado após o incidente, Neally confessou que colocou toda a sua confiança no sistema inteligente do veículo: “não foi feito para ser perfeito, não existe nenhuma tecnologia que seja perfeita, mas eu acredito que está na medida certa para ser bom e seguro”. O americano acredita que o carro estava preparado para reduzir e sair da pista se ele perdesse a consciência durante o trajeto.
Esta não é a primeira vez que o sistema do Tesla, que não é 100% autônomo, é responsável por salvar seu motorista. Houve casos no passado em que o veículo freou ou desviou da aparição súbita de pedestres ou outros veículos na pista.
Também recentemente, o piloto automático falhou ao identificar um reboque cruzando a pista e não conseguiu evitar a morte de seu motorista, marcando a primeira vítima fatal de um acidente envolvendo um veículo autônomo. Na ocasião do acidente, a fabricante do carro alegou que foi “a primeira fatalidade conhecida em mais de 130 milhões de milhas onde o Autopilot esteve ativado. Entre todos os veículos nos Estados Unidos, acontece uma fatalidade a cada 94 milhões de milhas. Mundialmente, há uma fatalidade aproximadamente a cada 60 milhões de milhas”.
