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Romênia investe pesado em aulas de segurança eletrônica para crianças e jovens

Pacote Office e Windows nas aulas de Informática na escola? Isso em breve será coisa do passado na Romênia, que resolveu investir pesado em aulas de segurança eletrônica para crianças e jovens.

O Ministério da Educação do país do Leste Europeu quer estudantes de 11 a 14 anos aprendendo a identificar invasões e procedimentos de segurança a partir do ano que vem.

E o governo não está sozinho na iniciativa: ONGs e a iniciativa privada compraram essa ideia e também estão organizando projetos paralelos de incentivo ao estudo da segurança digital para adolescentes, para ajudar a forjar a próxima geração de especialistas no setor. A meta é suprir a crescente demanda da indústria e manter a Romênia como um dos países que mais se destacam no segmento, sendo o berço de empresas importantes, como a Avira.

Aulas de segurança eletrônica passarão a fazer parte do currículo obrigatório das escolas romenas: “por um lado, essa abordagem irá fazer com que os jovens usuários fiquem mais seguros no mundo online. Por outro lado, isso pode fazer com que eles tenham interesse no campo, o que está se tornando gradativamente importante”, declarou Dan Nechita, conselheiro do Primeiro Ministro da Romênia.

A estimativa da Intel é que em 2019 haja uma demanda de 1 a 2 milhões de vagas não-preenchidas no setor da segurança cibernética em todo mundo. A própria Avira é uma das empresas engajadas em tentar reverter esse quadro, pelo menos na Romênia. A fabricante de antivírus forneceu 200 mil licenças gratuitas de programas de proteção para a rede escolar do país e está oferecendo workshops sobre segurança móvel para alunos e professores.

A ONG TechSoup está em outra linha de frente para ampliar o alcance do aprendizado de segurança eletrônica na Romênia e está mantendo um projeto que leva professores da rede de ensino para dentro de empresas de tecnologia para conhecerem seu dia a dia e as habilidades que são necessárias para seu funcionamento. Para Elena Coman, diretora do programa, “a qualidade dos professores do ensino médio é um dos mais importantes fatoroes para se construir uma relação saudável com a tecnologia nos jovens”.