As investigações do Senado norte-americano continuam e nessa terça-feira foi a vez do Facebook admitir que a Rússia controlava contas falsas também no Instagram e publicou cerca de 120 mil postagens na rede social para manipular a opinião pública.
A revelação fez parte do depoimento de Colin Stretch, conselheiro-geral do Facebook, que também aproveitou a oportunidade para esclarecer os números da presença de operativos russos entre os usuários do próprio Facebook.
Calcula-se que as postagens no Instagram tenham alcançado cerca de 16 milhões de norte-americanos entre Outubro de 2016 e as eleições em 8 de Novembro. A estimativa é que outros quatro milhões tenham sido alcançados pelas postagens fabricadas antes de Outubro, mas os dados disponíveis estão incompletos, segundo Stretch.
As investigações também especulam que a interferência da Rússia nas redes sociais pode ser ainda maior do que se imagina, uma vez que empresas norte-americanas de fachada podem ter sido utilizadas para criação de perfis ou compra de anúncios publicitários nas plataformas. Stretch admitiu que o Facebook não tem condições de averiguar essa estratégia de forma satisfatória.
Junto com o Facebook, representantes do Google e do Twitter também foram questionados pela comissão do Senado e foram advertidos que as empresas de tecnologia precisam estabelecer mecanismos para suprimir a influência de governos hostis sobre suas plataformas. Nas palavras da Senadora Diane Feinstein, “vocês carregam a responsabilidade. Vocês criaram essas plataformas e agora elas estão sendo usadas incorretamente. E vocês tem que ser aqueles que farão algo a respeito … ou seremos nós”.
