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Suécia engaveta acusação de estupro contra Julian Assange

Muito tempo depois que uma comissão da ONU considerou a acusação inválida, a Justiça da Suécia finalmente arquivou a investigação de assédio sexual e estupro contra Julian Assange nessa quinta-feira.

Mesmo assim, o fundador da WikiLeaks deverá seguir exilado na Embaixada do Equador em Londres, devido ao risco de ser preso pelas autoridades britânicas.

Ainda paira sob a cabeça de Assange a acusação de violação de liberdade condicional, de 2012 e a polícia do Reino Unido emitiu um comunicado lembrando sua situação: “A Corte de Magistrados de Westminster emitiu um mandado de prisão para Julian Assange depois que ele se recusou a comparecer ao tribunal em 29 de junho de 2012. O Serviço Metropolitano de Polícia é obrigado a cumprir esse mandado caso ele deixe a embaixada”.

O ex-hacker sempre negou as acusações de crime sexual a e se declarou vítima de uma perseguição política engendrada pelo governo dos Estados Unidos, em virtude dos vazamentos de documentos importantes relacionados à atividades comprometedoras praticadas por órgãos da administração pública. Ele temia que se fosse conduzido para a Suécia terminaria extraditado para os Estados Unidos, onde seria julgado politicamente pelos vazamentos. Ironicamente, para escapar do que chamou de manobra, Assange violou sua liberdade condicional e se tornou um refugiado na embaixada equatoriana.

Apesar do impasse com as autoridades inglesas, os advogados do fundador da WikiLeaks celebraram a decisão da Justiça sueca: “estamos esperando muito tempo por esta decisão”, declarou Christophe Marchand à imprensa. “Julian Assange tem sido vítima de um enorme abuso processual. Estamos satisfeitos e emocionados porque isto significa o fim de seu pesadelo”, continua o comunicado. “A investigação preliminar foi arquivada e a ordem de detenção foi retirada e, do ponto de vista da Suécia, isto agora terminou”, finaliza outro advogado.