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Cinco projetos de JavaScript para se ficar de olho em 2023

Ainda dá para recomendar temas para 2023 ou abril já é muito tarde? Considerando que o ano só começa depois do Carnaval no Brasil e ainda temos mais nove meses pela frente, é sempre tempo para ficar de olho em tendências. Se você parou lá atrás e ainda acha que JavaScript é só para validar formulário ou fazer coisas se mexerem na página, você foi atropelado por frameworks e muitas novidades no frontend E no backend. Sim, JavaScript no servidor. Você está muito atrasado, hein?

Agora, se você esteve antenado nos últimos anos, com certeza você já ouviu falar de soluções como React, Vue, Angular, Node ou Deno. Para continuar antenado e abrir seu leque de ferramentas, é importante conhecer mais alguns nomes. Separamos aqui cinco projetos de JavaScript que podem explodir em 2023.

1) Bun

Em uma tradução direta do inglês, “Bun” seria o nome daquele pãozinho de padaria. Só que ele está mais para “pãozinho do JavaScript”. Essse runtime é escrito em Zig e usa o JavaScriptCore da Apple. Isso mesmo, nada de V8 do Google Chrome por aqui! O pessoal do Bun afirma que isso traz melhor desempenho e torna seu projeto mais leve.

Entretanto, o que realmente impressiona no Bun é a implementação de APIs em código nativo em vez de JavaScript. Essa abordagem ajuda a melhorar o desempenho das funcionalidades implementadas pelo Bun. Ele ainda possui um empacotador embutido e seu próprio transpiler, o que simplifica bastante as coisas. O desenvolvedor não precisa mais ficar baixando bibliotecas de terceiros e configurando pipelines de construção para conseguir usar TypeScript, por exemplo. O Bun faz tudo isso por você e ainda é muito rápido. Sem contar que ele também traz carregadores de arquivos TOML e CSS. O TOML é transpilado em um módulo ES que pode ser consumido por outro código, enquanto o CSS é importado para a página do navegador.

2) Astro

O Astro chega famosinho em 2023. Ele foi criado em 2021, cresceu bastante em 2022 e passou a ser adotado por empresas grandes como Google, Netlify e o jornal The Guardian.

Seu grande diferencial, que na verdade o torna similar a praticamente todos nessa lista, está na performance. Os frameworks mais comuns renderizam o site duas vezes – uma no servidor e outra no navegador. Entretanto, isso acaba enviando muito código inútil, já que nem todos os componentes precisam ser interativos. O Astro resolve esse problema usando a chamada Arquitetura de Ilhas, que isola o código do cliente, deixando apenas os componentes que precisam ser interativos. É como separar o joio do trigo.

E não é só isso: o Astro ainda suporta uma variedade de bibliotecas de interface do usuário JavaScript, como React, Vue, Svelte e Solid, o que o torna uma solução de transição bastante versátil para quem está vindo de outro ambiente e não quer abrir mão do que já foi feito.

3) Turborepo

Bem-vindo ao mundo incrível do Turborepo. Se você está cansado de esperar uma eternidade para seus projetos serem compilados, o Turborepo é a solução dos seus problemas. A Vercel desenvolveu um sistema de compilação que usa um cache que é tão eficiente que faz o Coelho da Energizer parecer preguiçoso.

A grande sacada do Turborepo que ele só faz o que é necessário, porque ele é inteligente assim. Ele usa um algoritmo de hash que pega tudo, variáveis de ambiente, comandos de input e mais, e gera um hash poderoso. E o melhor: o Turborepo guarda tudo isso em um cache, para que você possa economizar tempo e gastar mais tempo fazendo coisas importantes, como assistir gatinhos fofos no YouTube.

O Turborepo também tem um recurso incrível de cache remoto. Isso significa que se você tem um time inteiro trabalhando no mesmo projeto, máquinas diferentes podem acessar o mesmo cache.

4) Turbopack

Sim, o Turbopack está relacionado com o Turborepo. Esse empacotador de código JavaScript também foi criado pela Vercel e chega tentando ser uma alternativa ao Webpack. O mais impressionante é que os criadores originais do Webpack também apoiam o Turbopack, o que só aumenta o endosso desse projeto.

Mas por que usá-lo? A resposta é simples: velocidade! O Turbopack é supostamente muito mais rápido do que seus concorrentes, graças a sua arquitetura otimizada e ao uso de Rust em vez de JavaScript. E as vantagens não param por aí: o Turbopack também é projetado para permitir a compilação de apenas partes específicas do seu aplicativo, tornando-o mais ágil e menos carregado. Ele ainda agrupa ativos durante o desenvolvimento, o que é uma novidade, já que muitos empacotadores modernos enviam todos os arquivos diretamente para o navegador. É como se o Turbopack fosse um personal trainer para o seu código, dando-lhe apenas o que ele precisa para ser forte e saudável.

5) Remix

Se você já está cansado dos mesmos frameworks React de sempre, talvez seja hora de dar uma chance ao Remix! Ele foi criado pelos mesmos caras que fizeram o React Router e promete revolucionar a forma como você cria sites.

A ideia é simples: renderize tudo do lado do servidor e deixe o cliente apenas curtir a viagem. Isso inclui recuperação de dados e outras operações, aliviando a rede e a CPU do lado do usuário. Com essa abordagem, o Remix promete melhor desempenho, menos carga no cliente e uma experiência mais suave para todos. E se você está preocupado com aqueles usuários chatos que não querem habilitar o JavaScript, relaxe: o Remix te ajuda a lidar com isso, tornando seu site capaz de funcionar com ou sem JavaScript., através do chamado aprimoramento progressivo. Além disso, o Remix também é amigo dos modelos serverless, mesmo aqueles que não são totalmente amigáveis com o Node.js.