Crise? Que crise? Não é de hoje que o Brasil vive saltando de uma crise econômica para a próxima com alguns breves momentos de estabilidade. A pandemia do novo coronavírus deve acentuar esse cenário pelos próximos meses.
Entretanto, entra crise, sai crise, existe um setor que permanece intocado: o de TI. Nesse momento, existem 13 milhões de brasileiros desempregados, porém sobram 200 mil vagas no setor de tecnologia de informação e as empresas estão lutando para preencher esses postos de trabalho com profissionais qualificados. De acordo com um levantamento realizado pelo Banco Mundial, até 2024, teremos mais 420 mil empregos criados em TI e metade deles pode não ser preenchida por falta de mão de obra.
Qual é o problema? Qualificação. Essa é uma realidade que já apontamos diversas vezes desde a criação do Código Fonte e a verdadeira crise crônica da TI no Brasil.
Busque conhecimento!
Você que busca um constante aperfeiçoamento profissional na sua área já deve ter sentido a pressão da demanda. As empresas estão constantemente em busca de funcionários cada vez mais antenados e se manter atualizado é uma luta praticamente diária. A tecnologia da informação é de longe um dos setores do mercado de trabalho mais volátil. Alguns meses podem tornar um conhecimento obsoleto, mesmo que ele já tenha sido fundamental um dia.
E para quem está começando, o desafio de chegar lá parece imensurável. Como atingir o grau de excelência exigido pelas empresas? Como alcançar todo seu potencial? Faculdade? Curso técnico? Ser um autodidata? Todas as alternativas anteriores? Não há muito tempo para decidir e o mercado está repleto de iniciantes disputando qualquer vaga de entrada, enquanto as empresas também procuram experiência e conhecimento prévios.
Quando nós criamos o Código Fonte, 13 anos atrás, nossa meta era funcionar como uma fonte de informação para os programadores, desenvolvedores e amantes da tecnologia. Queríamos preencher essa lacuna de conhecimento, ajudar nossos colegas da área a se manterem atualizados.
Essa preocupação se reflete também na nossa escolha de parceiros. Queremos empresas que nos ajudem nessa missão e compartilhem a mesma vontade de promover o desenvolvimento dos profissionais de TI. É por isso que escolhemos a Trybe, escola focada em formação em desenvolvimento de software, fundada em 2019.
Uma startup para unir todas as tribos
É possível que você já tenha ouvido falar deles. Eles são colaboradores ativos em nosso canal no YouTube e participaram como parceiros em vídeos como SUCESSO PROFISSIONAL: Como Fazer Networking com Programadores em 2020? e AS EMPRESAS PRECISAM DE PROFISSIONAIS COM ESSE PERFIL (Veja como Chegar Lá).
A história da Trybe é antiga e começa lá no AppProva, a startup de dados e avaliação criada em 2012. Através do serviço, mais de cinco milhões de estudantes em todo Brasil e
milhares de instituições de ensino foram auxiliados com soluções educacionais de alta qualidade. Esse projeto evoluiu quando Claudio Lensing, João Daniel Duarte, Rafael Torres, Marcos Moura e Matheus Goyas, ao lado de seus antigos sócios e equipe da AppProva, criaram a Trybe.
“A Trybe se destaca pelo foco na qualidade da formação de seus estudantes. A empresa estima que investe cerca de 3 a 4 vezes mais que ofertas similares para a capacitação de cada pessoa que se forma no curso”, explica Goyas, CEO da startup. O foco deles está na empregabilidade de seus alunos e o resultado é uma formação completa e aprofundada. O estudante sai com todas as habilidades técnicas necessárias para desenvolvimento de software e também com as chamadas soft skills, essenciais e demandadas no mercado de trabalho.
A qualidade do ensino pode chegar a seis horas diárias de atividades durante um ano. Além disso, a escola oferece uma série de desafios práticos para potencializar a formação dos estudantes e prepará-los para o mundo real.
“Nosso objetivo é acelerar a carreira da pessoa em desenvolvimento de software. A ideia é trabalhar ativamente desde o início do programa para preparar e conectar os estudantes com as nossas empresas parceiras”, enfatiza Goyas.
Essa conexão com as necessidades do mercado se reflete em outra ponta das atividades da Trybe: ela também atua como parceira de empresas em busca de profissionais. A meta é aproximar os melhores empregadores de seus estudantes para oferecer boas oportunidades profissionais. Atualmente, a Trybe possui fila de espera de empresas querendo ser parceiras, tamanha a demanda.
O trabalho da Trybe e sua proposta de solução para a crise crônica de TI no Brasil atraíram uma grande rodada de investimentos no início desse ano, resultando em um aporte de R$ 42 milhões em uma rodada Série A, capitaneado pelo Atlantico e com a participação de Canary, Global Founders Capital, e.Bricks, Maya, entre outros.
Esse aporte foi fundamental para a compra da operação da Codenation. Os CEOs das duas empresas se comunicaram remotamente durante a pandemia e identificaram uma sinergia entre as startups. “A Codenation tem expertise no recrutamento de profissionais de tecnologia com grandes empresas, então vai nos ajudar a reforçar a área de sucesso do aluno. Eles somam também na parte de ensino de tecnologia, com experiência em formação desde 2017”, declarou Goyas para a revista Exame.
O estudante certo para a vaga certa
De um lado tem o profissional ou estudante em busca de aperfeiçoamento e qualificação. Do outro lado tem a empresa e a vaga buscando um funcionário à altura. No meio, está a Trybe, intermediando o processo e quebrando as barreiras entre uma escola e uma agência de headhunter.
Para conseguir formar o profissional adequado para atender a demanda do setor de TI, o próprio processo seletivo é rigoroso. Menos de 3% dos inscritos conseguem aprovação em uma unidade da Trybe, uma taxa que diferencia o sistema dos cursos técnicos tradicionais e aproxima o corpo discente da startup do nível de excelência das melhores universidades.
Esse compromisso se reflete em outro diferencial da escola, o Modelo de Sucesso Compartilhado (MSC), adotado por 90% dos alunos. Nesse sistema, o estudante não precisa arcar com nenhuma taxa ou mensalidade até conseguir um trabalho que pague no mínimo R$ 3.500 por mês. “A Trybe só ganha quando o estudante tem o sucesso profissional. Isso nos obriga a oferecer não só as melhores práticas de ensino, como também investir cada vez mais na qualidade da formação do estudante. Afinal, se nossos estudantes não forem bons profissionais, eles não terão sucesso e, consequentemente, nós perdemos com isso”, explica Goyas.
A Trybe tem planos para se expandir, mas não tem pressa. A qualidade dos serviços entra em primeiro lugar e é mais importante manter o nível do ensino do que obter um crescimento abrupto. “Vamos expandir conforme tenhamos segurança que nossa qualidade está melhorando”, destaca o CEO da Trybe. Atualmente a startup tem hubs em Belo Horizonte, São Paulo, Itajubá e Florianópolis, além de operar em 22 estados com a modalidade sem hub. Ainda neste ano, a escola espera abrir mais nove turmas e chegar a 700 estudantes.
Com uma demanda constante no mercado de TI, iniciativas como essa são fundamentais para diminuir o atraso, reduzir o abismo e corrigir uma discrepância que já vem nos acompanhando por anos.