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Amazon não planeja abrir cadeia de livrarias físicas

A ironia da situação era perfeita demais para não ser publicada: a Amazon, a gigante digital que assombra as livrarias físicas estaria criando sua própria rede de livrarias em shopping centers nos Estados Unidos.

Mas passadas 24 horas do boato ter se espalhado por quase toda a mídia, o autor do rumor veio a público desmentir a informação. Livrarias podem voltar a respirar aliviadas: a Amazon não está planejando colocar o último prego no caixão. Ainda.

A história começou na terça-feira com Sandeep Mathrani, CEO da General Growth Properties (GGP) uma empresa americana que administra centenas de shopping centers pelo país. Durante uma apresentação sobre o balanço financeiro da GGP, o executivo declarou que a Amazon teria planos para marcar uma presença física com livros de papel em mais de 400 unidades gerenciadas pela empresa. A notícia saiu no The Wall Street Journal e se espalhou.

Depois que tanto a Amazon quanto a própria GGP se recusaram a comentar sobre as afirmações de Mathrani, o caso deu uma guinada na tarde desta quarta-feira. Um comunicado oficial emitido pela administradora de shopping centers “esclarece” que seu CEO indica que sua declaração “não tinha a intenção de representar os planos da Amazon”.

A própria Amazon segue em silêncio sobre o incidente. A titã do comércio eletrônico não é de todo alheia ao assunto das livrarias físicas e possui no momento uma loja aberta em sua cidade natal, Seattle. Um anúncio recente no Linkedin sugere que a empresa também esteja recrutando funcionários para trabalharem em uma livraria na Califórnia. Mas existe uma larga diferença, inclusive logística, entre coordenar duas livrarias e 400 lojas físicas de costa a costa nos Estados Unidos.