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Aplicativo contra assédio sexual é acessado demais e quebra

Um aplicativo brasileiro para realizar denúncias de assédio sexual atingiu uma triste meta: foi acessado tantas vezes que ultrapassou o limite de conexões simultâneas da Google Play e quebrou.

Batizado de Sai Pra Lá, o aplicativo foi desenvolvido para “mapear o assédio e atuar na prevenção, pressionando os órgãos responsáveis pela nossa segurança e mostrar para as mulheres quais são os locais onde mais ocorrem assédios”.

A partir do aplicativo, a vítima pode marcar a posição exata do incidente, classificar o assédio em diferentes tipos (“verbal”, “sonoro”, “físico” ou “outros) e especificar o horário que aconteceu. Tudo isso é feito de forma anônima, para não colocar em risco a mulher afetada.

Infelizmente, a quantidade de denúncias foi alto demais. De acordo com uma postagem na página oficial do Facebook, o número excessivo estourou tanto o limite de memória quanto o número de conexões simultâneas permitidas pelo Google Play. A iniciativa irá buscar agora o financiamento coletivo para melhorar o desempenho e licenciar um limite de acessos superior.

O Sai Pra Lá foi desenvolvido pela estudante de 17 anos Catharina Doria com a ajuda de dois amigos. A estudante se disse cansada de ouvir cantadas nas ruas e resolveu criar o aplicativo para tentar alertar sobre o problema. Apesar de ser uma face desagradável da sociedade, ele ficou espantada com os resultados: “eu não esperava o boom de mensagens e uma repercussão tão rápida”.

O Sai Pra Lá está disponível para iOS e Android desde terça-feira.