Oito das maiores empresas de tecnologia se uniram para falar contra os programas de vigilância que vazaram da NSA e exigir reformas profundas. AOL, Apple, Facebook, Google, LinkedIn, Microsoft, Twitter e Yahoo assinaram uma carta direcionada ao presidente Obama e ao Congresso cobrando uma revisão nos sistemas de espionagem e coleta de dados.
“Entendemos que os governos têm o dever de proteger os seus cidadãos”, começa a carta, entitulada Carta Aberta a Washington. “Mas as revelações deste verão destacaram a necessidade urgente de se reformar as práticas de vigilância do governo em todo o mundo”. As gigantes também lançaram um site, https://reformgovernmentsurveillance.com, que descreve ainda mais as posições do grupo.
A maioria dessas empresas assinaram uma carta aberta em outubro pedindo mudanças na maneira como a NSA opera, mas a campanha atual conta com mais apoio e é mais explícita sobre exatamente o que as empresas esperam das autoridades no futuro.
O grupo tem cinco temas por trás da reforma de vigilância: Limitar o poder das autoridades para recolher dados de usuários, fiscalização e responsabilização, transparência sobre os pedidos do governo, respeitar o livre fluxo de informações e evitar conflitos entre governos.
“A segurança dos dados dos usuários é fundamental, e é por isso que temos investido muito em criptografia e estamos lutando pela transparência nos pedidos de informações do governo”, disse o CEO do Google, Larry Page.
CEO do Yahoo, Marissa Mayer diz que “é hora do governo dos Estados Unidos agir para restaurar a confiança dos cidadãos em todo o mundo”, um sentimento apoiado pelo CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, que acredita que o governo “deve aproveitar esta oportunidade para liderar esta reforma e acertar as coisas”.