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Avast revela: um em cada cinco dispositivos da Internet das Coisas no Brasil é vulnerável

A empresa de segurança Avast revelou os resultados de sua última pesquisa em dispositivos inteligentes no Brasil, incluindo webcams, babás eletrônicas, impressoras e roteadores.

Os resultados são assustadores: 20,1% dos dispositivos da Internet das Coisas no Brasil são vulneráveis a ataques cibernéticos, colocando um risco para a privacidade e para a segurança das pessoas.

Entre esses dispositivos estão webcams e babás eletrônicas, das quais 22,3% são vulneráveis, podendo ser utilizadas para espionar pessoas e seus filhos. Além disso, 9,7% das impressoras não são seguras. Mais em risco, no entanto, estão os roteadores. A Avast descobriu que 62,4% dos roteadores no Brasil são vulneráveis. Por meio de roteadores vulneráveis, os cibercriminosos podem acessar outros dispositivos conectados à rede, tais como webcams, TVs inteligentes ou dispositivos de cozinha inteligentes.

“Em geral, qualquer dispositivo vulnerável pode ser usado para infectar outros dispositivos, adicioná-los a uma botnet ou para assumir o controle deles e prejudicar seu proprietário”, explica o comunicado da empresa. “Os fabricantes de dispositivos inteligentes também coletam e armazenam dados de usuários, incluindo os dados comportamentais, informações de contato e detalhes de cartões de crédito, o que representa um risco adicional se interceptados por cibercriminosos”, completa.

Ondrej Vlcek, CTO, Executive VP & General Manager Consumer da Avast, também alerta: “com centenas de milhares de dispositivos vulneráveis espalhados por todo o mundo, os cibercriminosos podem criar uma botnet para atacar e derrubar servidores e sites, como vimos no ano passado quando o Dyn, um provedor de serviço de nomes de domínio (DNS) foi atacado, interrompendo o tráfego para sites grandes incluindo Amazon, Twitter e Reddit”.

A Avast também explica que, para proteger dispositivos conectados contra esses ataques indesejáveis, os usuários precisam contribuir fazendo a parte deles, mantendo o software atualizado e escolhendo senhas fortes e complexas. “Os roteadores são a porta da rede doméstica e, portanto, criam um ponto de entrada fácil para hackers atacarem as redes domésticas brasileiras, se não estiverem corretamente protegidas, porque o software, por exemplo, está desatualizado ou porque é usada uma senha fraca”, informou o executivo.