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Brasil pode gastar cerca de R$ 1,3 bilhões com implantação de TV digital

Governo gastará R$ 1,3 bilhões com TV digital

O Brasil pode gastar cerca de R$ 1,3 bilhão com o “bolsa novela”, forma como vem sendo chamada a iniciativa do governo para acelerar a adoção da TV digita no país. Quem estima esse valor é o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Ele admitiu que o governo deve rever as metas de implantação da TV digital no país, para acelerar a liberação das frequências de transmissão. Para isso, o governo planeja bancar a compra de conversores e até de aparelhos de TV, para quem não puder adquirir aparelhos do novo padrão.

– Teremos que conversar dentro do governo para ver o custo disso, que seria destinado a uma faixa restrita da população – afirmou o ministro.

Ele acredita que cerca de 13 milhões de famílias possam ser beneficiadas com a medida, baseando-se no número de cadastrados no Bolsa Família. Paulo Bernardo acredita que o conversor, que custa em média R$ 100, possa cair de preço, caso o governo resolva comprar, mas ainda assim, o custo total da operação alcançaria os R$ 1,3 bilhões.

Por um lado, o governo acelera o processo de implantação da TV digital, mas por outro, o governo também pode ampliar o prazo para a desativação das TVs analógicas, prevista para 2016.

– Podemos antecipar um pedaço para 2015, e chegar até 2018, mas ainda estamos negociando com a Casa Civil para que publique um novo decreto com essas datas – afirmou Paulo Bernardo.

Em um primeiro momento, o governo vai arcar com os custos, e as operadoras não precisariam pagar pela desocupação das bandas das TVs.

– Se é interesse do governo desocupar as bandas e precisa ter transmissão e recepção digital, é o governo quem tem que fazer – afirmou o ministro.

Ele deixa a discussão aberta na Anatel, através de uma audiência pública em cima da portaria sobre o tema, já publicada pelo Ministério das Comunicações na semana passada.

Apesar de já estar prevendo o edital para o leilão, o ministro afirmou que a migração ainda não está totalmente acertada. Ele acredita que o governo precisa seguir negociando com as TVs, para garantir que todas elas caibam na reacomodação do sistema, mesmo admitindo problemas com emissoras de Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro.

– Vamos pegar o mapa Do Brasil, recortar essas áreas e fazer uma definição. o que não posso é fechar as televisões de Campinas. Em certos lugares o sinal da TV Digital é mais fraco que o da analógica e vai precisar de ser arrumado – afirmou o ministro.