Longe dos holofotes, China e EUA trocam acusações de espionagem, ataques hacker e invasões de sistemas, enquanto as duas superpotências se preparam para uma terceira simulação cooperativa do que seria uma verdadeira guerra virtual.
Especialistas em cibersegurança do Departamento de Estado norte-americano e do Pentágono já se reuniram no passado com especialistas de altos escalões do governo chinês em duas oportunidades no ano passado. O objetivo destes jogos de guerra é tentar evitar uma escalada global para um conflito armado no caso de uma duas nações sofrer um ataque cibernético.
No primeiro exercício realizado em 2011, os especialistas dos dois lados tiveram que responder qual seriam suas reações para se proteger de um ataque de um vírus militar sofisticado, como o famoso Stuxnet, criado especificamente para desativar o programa nuclear iraniano. O segundo exercício foi mais problemático e envolvia responder qual seria a reação tomada se fosse descoberto que o outro lado era responsável direto pelo ataque.
Há anos os Estados Unidos acusam a China de patrocinar ações de espionagem eletrônica em redes de computadores em território americano. Segundo analistas, as redes das principais empresas ocidentais estariam comprometidas por falhas de segurança e programas robôs controlados por agentes chineses. O governo chinês nega as acusações e afirma que enfrenta o mesmo tipo de problema dentro de suas fronteiras.
Um terceiro exercício de guerra virtual está programado para começar agora em Maio entre os dois países.
.
