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Ciência comprova: não adianta levar o notebook pra aula

Não tem pro Microsoft Surface ou pro MacBook Pro: quem vence na sala de aula continua sendo o bom e velho caderno de papel com caneta.

Pesquisadores das universidades Princeton University e a University of California fizeram um levantamento com estudantes e concluíram que aqueles que fizeram anotações usando um laptop tiveram uma compreensão do que foi ensinado bem abaixo daqueles que usaram um caderno.

Segundo os estudiosos, essa diferença cognitiva se dá pelas diferenças como o texto é processado: enquanto aqueles que anotam no notebook tendem a transcrever literalmente o que está sendo explicado pelo professor pela própria agilidade do meio, aqueles que ainda usam o “primitivo” papel e caneta costumam processar mentalmente o que foi dito e reescrever com suas próprias palavras, o que ajuda a fixar o conteúdo.

O resultado dessa pesquisa não é isolado, uma vez que um outro estudo conduzido pela Academia Militar dos Estados Unidos comparou resultados de alunos em aulas onde dispositivos eletrônicos eram restritos, liberados e totalmente proibidos. Os estudantes que não tiveram acesso algum a laptops ou tablets durante as aulas obtiveram uma performance superior nos testes aplicados sobre a matéria.

Finalmente, pesquisadores da York University e da McMaster University apontaram para outro problema crítico para o aprendizado: a distração. Os estudantes que participaram do levantamento foram instruídos a pesquisar paralelamente em seus laptops sobre temas que não estavam relacionados à disciplina, como horários de cinema. Como era de se esperar, aqueles que realizaram essas tarefas obtiveram um nível de compreensão mais baixo do conteúdo. Mas os estudiosos também constataram uma queda de performance nos estudantes que estavam próximos daqueles que participaram do teste, mostrando que eles também se distraíam com o que aparecia na tela do colega.