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Departamento de Justiça dos EUA revela provas contra Kim Dotcom e Megaupload

O Departamento de Justiça dos EUA revelou um resumo das provas que recolheu contra Kim Dotcom, seu serviço Megaupload e outros supostos conspiradores. O documento de 191 páginas expõe detalhes sobre como o Megaupload e seus sites associados, funcionários e operações funcionavam e, de acordo com o Departamento, cometiam extorsão, violação de direitos autorais e lavagem de dinheiro.

A investigação afirmou que o Megaupload fez mais de US$ 150 milhões em receitas de membros Premium ao longo dos anos, além de mais de US$ 25 milhões em receitas de publicidade. Essas receitas são citadas no documento como um resultado direto da promoção do Megaupload de materiais protegidos por direitos autorais.

Advogado de Dotcom afirmou que as provas não têm mérito
Advogado de Dotcom afirmou que as provas não têm mérito

Uma das revelações mais interessantes do documento são detalhes sobre os arquivos armazenados pelo Megaupload e seus usuários. De acordo com o Departamento de Justiça, quando o site foi fechado em 19 de Janeiro de 2012, havia cerca de 14,9 milhões de vídeos no Megavideo.com e 12,8% deles tinham recebido pelo menos um pedido de copyright para ser tirado do ar.

Outra peça importante de evidência vem do trabalho “secreto” feito por um agente do FBI para baixar, visualizar e monitorar como os sites do Mega funcionavam. Seu trabalho envolveu downloads de seriados como Modern Family e filmes como os da saga Crepúsculo. Ele também enviou arquivos para que o titular de direitos autorais fizesse pedidos de retirada do conteúdo, mas nada era feito pelo Megaupload.

O advogado de Kim Dotcom e do Megaupload afirmou o documento é “191 páginas de acusações criminais sem mérito”, acrescentando que “todas essas coisas são de natureza civil e não pode ser considerado criminoso nos Estados Unidos”. Kim Dotcom e outros réus estão atualmente na Nova Zelândia, lutando contra a extradição para os EUA. A audiência do caso foi adiada para 7 de julho de 2014.