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Desenvolvedora de Crysis fala sobre problemas e admite estar em fase de transição

Foram muitos os rumores a respeito de problemas envolvendo a Crytek, empresa alemã bastante conhecida por ser a responsável pelo poderoso motor CryEngine e também pela franquia Crysis, dentre outros trabalhos. Chegou-se a cogitar que a desenvolvedora estava à beira da falência, inclusive.

A desenvolvedora recusou-se a comentar a respeito por um bom tempo, mesmo enquanto funcionários abandonavam o trabalho em seus escritórios no Reino Unido. Mesmo enquanto funcionários importantes, como por exemplo o diretor de Homefront: The Revolution e o produtor de Ryse: Son of Rome e Crysis 3 deixaram o estúdio.

Boatos a respeito de funcionários que não recebiam pagamento já há alguns meses também surgiram, e em meio a tudo isto, falou-se até mesmo que a Sony estaria interessada na aquisição da desenvolvedora alemã. A “indústria dos boatos” é enorme e forte, como se sabe, e o silêncio da empresa contribuiu para que eles ganhassem força. E a Crytek negou, negou e negou. Por um tempo.

Felizmente ela falou hoje a respeito dos problemas pelos quais está passando, e admitiu estar em uma fase de transição. A empresa de Cevat Yerly afirma que garantiu o capital adicional necessário para continuar operando, mas não disse nada a respeito do acordo nem tampouco sobre quem forneceu o dinheiro.

De qualquer maneira, não deixa de ser uma boa notícia, saber que a criadora de Crysis, título que ainda hoje é um desafio para muitos computadores por aí, ainda continua na ativa e independente, ou que, pelo menos, está tentando continuar no mercado.

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Sobre Crysis, na época de seu lançamento falava-se na necessidade de um “computador da Nasa” para rodá-lo. Ainda hoje, passados 7 anos, o jogo é fantástico, sendo capaz de deixar qualquer um embasbacado, tamanha a beleza de seus gráficos e efeitos visuais.

A própria CryEngine é uma ferramenta e tanto, e a Crytek ainda possui em seu portfolio jogos muito interessantes (além da série Crysis), como por exemplo o shooter Warface e os ainda em desenvolvimento Arena of Fate (um MOBA) e o shooter cooperativo Hunt: Horrors of the Gilded Age.

Voltando a falar a respeito de problemas e transição, a Crytek disse o seguinte ao site VentureBeat:

Nas últimas semanas têm havido repetidos relatos e rumores relacionados a problemas financeiros na Crytek. Após já termos dado uma atualização ao nosso pessoal em todos os nossos estúdios, estamos agora em posição de compartilhar maiores detalhes com os membros da imprensa e o público.

Internamente, reconhecemos que o fluxo de informação para os funcionários não tem sido tão bom quanto deveria, entretanto, esperamos que vocês entendam que comunicar detalhes de nossos planos publicamente nem sempre foi possível.

Como a indústria de games como um todo, a Crytek tem estado em uma fase de transição. Nossa evolução de um estúdio de desenvolvimento para uma publisher online exigiu que reorientássemos nossas estratégias. Estes desafios acompanham um aumento na demanda por capital, o qual nós asseguramos.

Podemos agora nos concentrar na direção estratégica da Crytek a longo prazo e em nossas principais habilidades. Nós gentilmente pedimos sua compreensão, pois não vamos comunicar mais detalhes sobre nossos desenvolvimentos e progresso.

Por fim, com nossa organização, capitalização, portfolio e tecnologias, temos agora as bases para garantir o futuro da Crytek – não apenas a curto prazo, mas também a longo prazo. Durante este período de especulação, somos gratos pelo apoio e incentivo que recebemos de nossa comunidade e de nossos parceiros, e pela contribuição de todo o nosso pessoal.

Continuamos comprometidos a fazer aquilo pelo qual somos mais conhecidos, e tentando desenvolver as melhores experiências interativas e tecnologia possíveis para todos que amam jogar. Estamos confiantes de que seremos capazes de compartilhar mais novidades positivas sobre o progresso da Crytek em breve“.

Pelas palavras acima, fica uma enorme impressão de que a Crytek esteve escondendo informações este tempo todo. Talvez como uma forma de autoproteção, talvez para evitar grandes estragos, e até mesmo, quem sabe, para não colocar mais lenha na fogueira, fornecendo combustível para a gigante indústria dos rumores.

Mas finalmente temos informações mais concretas a respeito, informações fornecidas pela própria empresa, e se tudo for verdade, então a Crytek continuará no mercado, felizmente. Homefront: The Revolution é o próximo grande título da empresa, sendo que ele estava previsto para chegar ao mercado em 2015, para PC, Xbox One e Playstation 4.

Se a tal fase de transição pela qual está passando sua desenvolvedora provocará algum atraso, entretanto, ninguém ainda sabe.  E quem sabe no futuro ainda vejamos um Crysis 4, “fritando” placas de vídeo mundo afora.