Uma semana atrás, Blake Ross, diretor de produtos do Facebook, anunciou que deixaria a empresa em uma carta de despedida postada em seu perfil na rede social. Ross decidiu brincar e afirmou que estava saindo porque “um jornalista da Forbes perguntou para seu filho se o Facebook ainda era legal e ele respondeu que não e isso me fez repensar a viabilidade a longo prazo da empresa”. Embora tenha sido apenas uma brincadeira, sua razão está cada vez mais fazendo sentido: o próprio Facebook admitiu em seu relatório anual que está perdendo usuários mais jovens para serviços semelhantes, como o Tumblr.
Quando se trata de adolescentes, especialistas estão vendo um novo padrão de formar, onde os mais novos já não se importam muito com a criação de perfis, álbuns com dezenas de fotos e atualizações de status: eles preferem o mais simples. Graças à essa mudança, serviços como o Tumblr e aplicativos como Instagram e Snapchat estão crescendo cada vez mais.
Facebook 2.0
Para os mais novos, o Tumblr se tornou um lugar mais íntimo, criado para compartilhar pensamentos e gostos. A descrição parece familiar? Analistas estão afirmando que, em alguns aspectos, o serviço se parece cada vez mais com um Facebook 2.0. A diferença é que parte do sucesso do Tumblr vem do fato de que o serviço é um lugar onde usuários podem ter mais de uma identidade, criando perfis com nomes diferentes, voltados para seus gostos.
O sucesso do serviço também vem da privacidade: o Facebook se tornou uma rede onde familiares e colegas de trabalho estão, há todo segundo, observando o que é postado. No Tumblr, jovens acharam um jeito novo de se expressar, onde podem até mesmo ser anônimos.
Se adaptar para sobreviver
Percebendo o declínio de uso, o Facebook vem observando como as pessoas estão usando a rede social e com isso vem tentando também antecipar o que elas vão desejar no futuro, como o Facebook Messenger, que acabou se tornando popular entre adolescentes. Mas o caminho ainda parece longo: para permanecer relevante para a nova geração, a rede social ainda tem muito o que fazer, ou adaptar.
