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Google terá aplicativo para pagar contas no lugar do cartão

Nova tecnologia revolucionária
O Google vai investir, nos próximos anos, em formas de permitir a divulgação de serviços e facilitar o acesso a eles, segundo disse Eric Schmidt, CEO do Google, no Web 2.0 Summit, nesta segunda-feira. Ele apresentou, durante entrevista a John Battelle e Tim O’Reilly, no palco do evento, um aplicativo que a empresa irá lançar que, utilizando o sistema de localização com satélite, vai permitir o pagamento de contas, substituindo o cartão de crédito.

Apesar de existirem outras opções de pagamento online, Eric Schmidt não acredita que o novo serviço de pagamento da Google vá entrar em um mercado superlotado. “O mercado está crescendo muito e trazendo muitos competidores”, afirmou.

Para o executivo, o serviço que vai trazer mais rentabilidade para a empresa nos próximos anos será a publicidade. Ele citou o exemplo da mistura de serviços que o Google já tem. “Imagine que alguém está andando em uma rua, fazendo uma pesquisa. E o celular dá opções que estão próximas a onde ele está”, afirmou Schmidt.

Ainda nos novos negócios, Schmidt falou sobre o Google TV. Ele lamentou que poucas empresas que fazem aparelhos de televisão estão investindo em peças com acesso a internet. Ele citou, como “bom exemplo”, a Sony, que já tem uma TV com esse recurso.

Para Schmidt, existem alguns problemas que devem ser sanados para que este tipo de serviço seja 100% acessível para o público, como uma velocidade de conexão que permita uma qualidade de transmissão similar a da TV normal. Além dos problemas estruturais, ele acredita que a população precisa desenvolver uma nova maneira de pensar. “Ninguém está familiarizado com TV na internet”, afirmou.

Eric Schmidt falou, também, da resistência de canais comuns com a TV na internet. Segundo o executivo, o pensamento das emissoras hoje é: a internet vai roubar os telespectadores, especialmente oferecendo nosso próprio material (caso de séries). Para ele, este pensamento é errado e a internet só vai trazer mais atenção ao produto das empresas e fazer com que ganhe mais telespectadores.

Privacidade
Eric Schmidt afirmou que a empresa tem preocupação com a intimidade das pessoas e que não vai ousar “cruzar a linha” neste assunto. Schmidt disse que existem muitos aplicativos que eles poderiam ter desenvolvido, mas preferem não fazer.

“Existe uma linha que não podemos cruzar. Poderíamos rastrear pessoas, ao vivo, com reconhecimento facial, mas não fazemos”, afirmou o executivo que acredita que este tipo de serviço seria muito invasivo para as pessoas e causaria problemas, por exemplo, para o governo.

Encorajando a criação
O executivo do Google falou sobre a política atual da empresa, que incentiva seus profissionais a desenvolver suas ideias empreendedoras sob o guarda-chuva da marca. Ele afirmou que muitos de seus empregados pediam demissão para trabalhar em seus projetos e que com a nova política esse quadro foi amenizado.

Ele afirmou que o Google tenta se livrar de uma situação que acredita ser compulsória para as grandes empresas: a acomodação.

Até a próxima quarta-feira, executivos de portais e plataformas digitais debatem a economia e as novas estratégias de negócios na internet no Web 2.0 Summit, em São Francisco, nos Estados Unidos. O evento reúne executivos do Google, Facebook e LinkedIn, entre outros. Em sua sétima edição, o congresso usa como tema este ano Pontos de controle no mundo interconectado, e debate formas de aprimorar o uso de ferramentas e princípios da Web 2.0 para potencializar negócios.

Com informações de Terra.