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Internautas viram profissionais com vídeos compartilhados

Sites de vídeos estão aumentando a qualidade de arquivos. Usuários divulgam filmes profissionais e alcançam sucesso.

O especialista em artes marciais Joe Eigo nunca imaginou que poderia ganhar milhões de fãs pelo mundo e faturar US$ 25 mil quando publicou imagens dele mesmo realizando acrobacias que desafiavam a gravidade em um site de vídeo.

Ao enviar o vídeo “Matrix — For Real” ao site Metacafe.com, Eigo aderiu a um crescente número de cineastas amadores que estão se beneficiando da nova economia criada pelo compartilhamento de vídeo, tornada um fenômeno pelo popular YouTube.

O YouTube, comprado pelo Google, levou o vídeo online às massas com um formato completamente aberto e fácil de usar e também com foco em vídeos em baixa resolução, que são transmitidos a qualquer internauta gratuitamente.

Agora, entretanto, um crescente número de internautas, principalmente cineastas amadores e aspirantes ao estrelato, estão buscando outras formas de publicação de seus conteúdos. A promessa não é somente fama, mas também dinheiro.

Um exemplo dessa tendência é o vídeo Diet Coke/Mentos distribuído no ano passado pelo site Revver.com. O vídeo mostra a explosão que ocorre em uma garrafa de Diet Coke após a introdução de uma bala Mentos no refrigerante. O vídeo foi popular o bastante para gerar dezenas de dólares em receita publicitária que será dividida com os criadores originais da peça.

Vários sites estão oferecendo aos internautas a possibilidade de envio de filmes maiores, com mais qualidade e editados por profissionais, o que pode ser mais atraente para anunciantes e encorajar usuários a pagarem para assistir aos vídeos.

Entre esses está o Dovetail.tv, focado em vídeos de alta qualidade. Fundado em 2006 por Jason Holloway, Chris Neumann e Brett Levine, ele é direcionado a cineastas iniciantes.

“Esses caras têm um objetivo de longo prazo, eles querem ser o próximo Martin Scorsese. E você não consegue isso ficando ao lado de clipes de baixa qualidade feitos por celulares, como os arquivos que você costuma ver no YouTube”, disse Holloway.

O site tem quase mil filmes curtos e ainda está em fase de pré-lançamento, mas espera recompensar os produtores de conteúdo como Livingston por meio de compartilhamento de receitas com anúncios e assinaturas. O site pretende inicialmente pagar aos produtores cerca de 10 centavos de dólar cada vez que um filme é baixado.

O vídeo de Joe Eigo, “Matrix — For Real”, tem sido o mais visto no programa Producer Rewards do Metacafes, com 5 milhões de exibições que lhe renderam US$ 25 mil em apenas alguns meses. Antes disso, ele havia gasto milhares de dólares somente para manter seu site funcionando nos últimos quatro anos.

O programa do Metacafe reserva aos produtores de conteúdo US$ 5 a cada mil exibições de um vídeo no site. A página começa a pagar os produtores depois que 20 mil visitas são atingidas, implicando em um pagamento mínimo de 100 dólares.

O fundador do Metacafe, Arik Czerniak, afirma que sites de vídeo como o dele estão mudando a maneira como o conteúdo gerado por internautas é percebido pelos usuários, emissoras de televisão e anunciantes. “Estamos sendo muito mais seletivos em relação aos vídeos que outros sites porque acreditamos que o que estamos fazendo é entretenimento”, disse Czerniak.

Com informações de G1.