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Mandriva rejeita acordo com Microsoft sobre patentes

A Mandriva, desenvolvedora franco-brasileira de uma versão de Linux que leva seu nome, anunciou que não assinaria o famoso acordo com a Microsoft sobre patentes infringidas pelo sistema operacional livre.

Com isso, sobre para três o número de empresas importantes que refutam as alegações de infração da empresa de Bill Gates.

Segundo o site da TechWorld , o CEO da Mandriva, François Bancilhon, reforçou o coro de Mark Shuttleworth com relação às 235 patentes da Microsoft supostamente infringidas pelo Linux. Para Bancilhon, “não precisamos pagar proteção para fazer nosso trabalho”, aludindo à taxa cobrada pelos mafiosos para deixarem os comerciantes do bairro em paz. Shuttleworth é CEO da Canonical Ltd, que desenvolve e distribui o Ubuntu Linux, e fez agudas críticas à Microsoft em seu blog no começo da semana. A notícia foi destaque em diversos sites de tecnologia como o Computer Business Review e o ComputerWorld.

Bancilhon vai ainda mais longe. “No que tange à propriedade intelectual, nós não somos lá muito fãs das patentes de software e do atual sistema de registro de patentes, que consideramos contraproducente para todos os setores da indústria. Nós também só acreditamos naquilo que nos é mostrado e, até agora, nenhum dos acusadores de que o Linux viola patentes nos mostrou uma prova concreta. Portanto acreditamos que, como em qualquer democracia, as pessoas são inocentes até que se prove o contrário. Se somos inocentes, podemos de boa fé continuar nosso trabalho”. A declaração é um recado sem rodeios à Microsoft, que se recusa terminantemente a mostrar quais seriam as patentes que o Linux infringe, mas mesmo assim exige que as empresas de Linux assinem um acordo a respeito.

Por encabeçar a lista de empresas de Linux que fizeram o acordo com a Microsoft, a Novell – que distribui o SuSE Linux – é alvo de boicote global por parte dos usuários e desenvolvedores mais linha-dura do Linux. Um exemplo é o blog boycottnovell.com.

Com informações de Terra.