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Mozilla quer reconquistar o mercado de navegadores com o Firefox 57

A Fundação Mozilla já havia dado indícios que o vindouro Firefox 57 seria uma quebra de paradigma em sua linha de navegadores, mas agora está claro: ele está vindo para reconquistar o mercado perdido para o Chrome.

Mudanças s radicais nas entranhas do próximo navegador são apenas a ponta do iceberg de uma nova estratégia adotada pela Fundação Mozilla e revelada para a imprensa.

O Firefox 57 tem previsão de lançamento para 24 de Novembro deste ano, mas já está disponível para testes. Ele representa o trabalho final de um ano inteiro de sua equipe de engenheiros para trazer uma evolução significativa ao modelo de navegadores da Mozilla, e não somente uma pequena atualização para correção de bugs e um punhado de novas e pequenas funcionalidades. Para Chris Beard, Chefe-Executivo da Mozilla, “nós iremos trazer de volta um bocado de pessoas”.

Desde o lançamento do seu maior rival, o Google Chrome, o Mozilla Firefox perdeu a hegemonia da internet, conquistada em uma árdua batalha contra o até então líder Internet Explorer. Triunfar sobre o navegador nativo do sistema operacional mais utilizado do mundo foi um grande feito, mas o navegador do Google veio trazendo funcionalidades e performance que os usuários buscavam. Hoje, o Google Chrome é adotado pela imensa maioria e o Firefox amarga uma posição bem abaixo no mercado.

Chris Beard e seu time de engenheiros querem reverter esse cenário. A principal ferramenta para atingir essa meta é velocidade: o Firefox 57 foi praticamente reescrito do zero para atingir o pico de performance possível, removendo bugs que atrasam o carregamento de páginas e até empregando o poder da GPU disponível no dispositivo para acelerar a exibição da interface e de elementos animados na tela. Cada detalhe dessa versão do navegador foi pensado para trazer agilidade ao usuário.

Outra mudança significativa acontecerá na forma como o navegador lida com as extensões. Todas as extensões que não adotarem a nova API WebExtension simplesmente irão parar de funcionar no navegador, de um jeito ou de outro. É um “apocalipse” já anunciado pela Mozilla, mas que trará estabilidade e velocidade para aqueles desenvolvedores que migrarem suas extensões para o novo modelo.

Mas não será apenas em seus mecanismos internos que o Firefox passará por mudanças. A Fundação Mozilla promete também uma repaginada no visual do navegador. Nick Nguyen, Vice-Presidente da Mozilla para produtos Firefox garante que haverá “uma experiência de usuário moderna e suave, animações fluidas e elementos de interface muito nítidos para todas as resoluções”.

Beard admite que erros foram cometidos: “o Firefox não acompanhou o mercado e o que as pessoas realmente queriam. Muitos fãs hardcore do Firefox são agora felizes usuários do Chrome”. Mas o executivo também avisa: “nós estamos de volta e nós estamos prontos pra luta”.