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Mozilla, rival da Microsoft, quer investir na China

A Mozilla.org, que produz o browser Firefox, a mais popular alternativa ao Internet Explorer, da Microsoft, está abrindo um escritório na China para competir pelo segundo maior mercado de Web do mundo.

A Mozilla, sediada na Califórnia, já está presente na China por meio de uma fundação sem fins lucrativos que apóia projetos de software de fonte aberta, mas o escritório de Pequim será sua primeira presença corporativa real, disse John Lilly, vice-presidente de operações do grupo, na sexta-feira.

“É nosso objetivo garantir que todas as pessoas do mundo usem o Firefox. Minha meta principal é que as pessoas saibam que existe escolha —que entrar na Internet não acontece apenas clicando no ”e” azul”, disse Lilly em entrevista telefônica à Reuters, referindo-se ao ícone do Internet Explorer.

O software de fonte aberta pode ser copiado e modificado livremente pelos usuários, e as empresas que o desenvolvem ganham dinheiro vendendo recursos especiais de programação e assistência técnica, em um modelo diferente do software fechado, como o sistema operacional Microsoft Windows.

A Mozilla tem 100 funcionários em todo o mundo, mas dispõe de uma comunidade de voluntários muito mais ampla que testa, altera e distribui software de fonte aberta como o Linux, no qual se baseia o Firefox.

A Mozilla opera por meio de parcerias com o Google e o Yahoo, para atender a internautas individuais, enquanto a peso pesado do software de fonte aberta e maior distribuidora de Linux, Red Hat, e mais recentemente a Oracle, trabalham junto aos clientes empresariais.

O objetivo da Mozilla é educar uma comunidade orgânica de software aberto na China, que adaptará a tecnologia para atender ao gosto local, criando um “Mozilla com características chinesas”, disse Lilly.

A empresa —que dispõe de um escritório em Tóquio e uma comunidade de programadores voluntários em Taiwan— espera elevar sua participação no mercado chinês até ponto semelhante aos nove por cento que detém no mercado japonês “em uns dois anos”, disse ele.

A empresa tem entre 80 milhões e 100 milhões de usuários no mundo, e um milhão na China, segundo o executivo. Com cerca de 137 milhões de usuários, a China representa o segundo maior mercado mundial de Internet, depois dos Estados Unidos.

Com informações de Reuters.