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PAC da inovação tecnológica sai em um mês, diz ministro

Expectativa é de que o plano movimente investimentos de R$ 30 a R$ 40 bilhões.
Informação é do ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende.

O Plano de Desenvolvimento de Tecnologia e Inovação, uma espécie de PAC para o setor de inovação tecnológica, deve ser anunciado e lançado formalmente pelo governo na primeira semana de julho. A informação é do ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende. De acordo com ele, a expectativa é de que o plano movimente investimentos da ordem de R$ 30 a R$ 40 bilhões, em um período de quatro anos a partir de 2007. “Acho que vai ser mais próximo de R$ 40 bilhões (o patamar de investimentos)”, acrescentou o ministro.

Os recursos não serão somente do ministério da Ciência e Tecnologia. Rezende esteve nesta terça-feira (5) no Rio de Janeiro para a posse do novo presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Luís Manuel Rebelo Fernandes. No evento, ele explicou que o programa já foi elaborado, dentro do ministério da Ciência e Tecnologia, e suas premissas já foram apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teria dado “sinal verde”.

Além de serem apresentadas ao presidente, as primeiras informações sobre o Plano também foram comunicadas à Academia Brasileira de Ciência; à Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e à representante da Associação Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia das Empresas Inovadoras (Anpei).

Prioridades

Depois das apresentações para esses órgãos, foram formados grupos de trabalho para discutir as sugestões originadas das entidades. Agora, o próximo passo é a apresentação para aprovação no Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT), presidida pelo presidente Lula, e cuja próxima reunião está previamente marcada para o final de junho. “Sendo aprovado, o plano será anunciado já de maneira mais formal na semana seguinte”, disse Rezende.

De acordo com ele, o plano terá quatro prioridades básicas: a consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, a criação de um ambiente favorável à inovação nas empresas, o fortalecimento das atividades de pesquisa e inovação em áreas estratégicas para o País e a promoção da popularização e difusão de tecnologias para a melhoria das condições de vida da população – ou atividades de ciência e tecnologia para desenvolvimento social. “Essas quatro prioridades serão detalhadas em 19 linhas de ação”, acrescentou.

Para o ministro, o plano estimulará as empresas a investirem mais em tecnologia e inovação. De acordo com dados citados por Rezende, atualmente apenas 0,5% do faturamento das empresas é investido em pesquisa e desenvolvimento. “É pouco. Nossa meta é que essa fatia aumente para 1,5%, 2% em quatro anos”, disse. Ainda segundo o ministro, no âmbito das diretrizes do plano, não estarão descartados instrumentos como desoneração tributária e subvenção econômica para aumentar o interesse das companhias a investirem em inovação.

Com informações de G1.