As autoridades britânicas admitiram nesta quarta-feira que deverão adaptar-se ao novo panorama das redes sociais online e atuar com mais presteza para poder conter o crescente número de protestos que estão sendo convocados pelo Twitter e outras redes.
O organismo de inspeção social da Grã-Bretanha disse que as forças policiais vão ter que se concentrar na velocidade e na comunicação, em tempos em que os manifestantes empregam as redes para se organizar.
“Grandes quantidades de manifestantes podem se organizar em apenas algumas horas e mudar de enfoque em minutos, através de redes sociais e telefones celulares. Aqueles responsáveis pelo comando devem planejar levando em conta essa capacidade”, disse o comunicado.
O informe mencionou que um grupo que costuma protestar, o UK Uncut, se organizou literalmente da noite para o dia por usuários do Twitter furiosos com os planos do governo de cortar gastos públicos e que consideravam isso evasão de impostos de grandes companhias inglesas.
O grupo, que organiza protestos rápidos em frente a lojas, tem empregado sites de contatos sociais para suas ações, incluindo um serviço de mapas para ajudar aos manifestantes a evitar os cabos policias.
O organismo de inspeções disse que a agilidade dos novos protestos significa que a polícia terá que trabalhar mais agilmente, “em uma forma de responder o mais brevemente possível aos atos”.
Além disso, o organismo disse que as forças policiais, muitas das quais têm trabalhado para expandir sua presença na internet, teriam que considerar como comunicar-se melhor com os manifestantes.
A Grâ Bretanha tem sido um cenário de crescente número de protestos contra reformas governamentais lançadas para controlar o déficit do país. Uma onda de protestos estudantis no ano passado, na qual as redes sociais tiveram um papel fundamental, foram majoritariamente pacíficas, mas em muitas vezes finalizaram violentamente: uma delas com um distúrbio que danificou o prédio da sede do Partido Conservador.
Com informações de Terra.