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Prefeitura de São Paulo pode desistir de criar 120 hotspots gratuitos de acesso Wi-Fi

São Paulo pode não ter mais Wi-Fi gratuito

A prefeitura de São Paulo pode desistir de um programa que criaria 120 pontos de acesso Wi-Fi gratuitos em parque, avenidas com grande movimento de pedestres e bairros da periferia da cidade.

Segundo técnicos da prefeitura, o programa é considerado caro, e corre o risco de ser adiado, ou simplesmente cancelado. O motivo? A decisão de manter a tarifa de ônibus em R$ 3, cancelando o aumento de R$ 0,20 em vigor, segundo a prefeitura da capital paulista.

Esse aumento no preço das passagens foi o estopim para uma série de protestos nas ruas da cidade, que visavam pressionar o governo municipal a desistir do aumento. No entanto, ao nunciar o recuo, o prefeito Fernando Haddad afirmou que seria necessário cortar alguns investimentos para compensar a perda de receita. 

A prefeitura alega que, sem o reajuste nas passagens, será necessário separar uma verba maior de seu orçamento para subsidiar o transporte publico, e com isso, uma das verbas que poderá ser cortada é a destinada para a implantação da rede Wi-Fi gratuita.

No entanto, a desistência do projeto ainda não está definida. A prefeitura afirma que busca outras formas de compensar o aumento nos custos com subsídios para o setor de transportes. Uma das tentativas foi negociar uma redução nos impostos que incidem sobre os custos de pneus e diesel, mas o Ministério da Fazenda afirmou que esta desoneração está fora de questão.

Segundo a PRODAM, empresa de TI da cidade de São Paulo, desde maio existe uma consulta pública para definir o edital para a contratação das empresas que ofereceriam o serviço.

A ideia original do projeto é cobrir 120 áreas em todo o município, como o Parque do Ibirapuera e o Vale do Anhangabaú. A meta da Secretaria de Serviços da prefeitura e da Prodam era de finalizar a licitação até julho, para começar a implantação do serviço em outubro.

O edital define que as redes devem operar nas frequências de 2,4 e 5 GHz, atendendo as especificações do padrão Wi-Fi. Cada hotspot deve contar com uma conexão de, no mínimo, 512 kbps de downlink e uplink para cada usuário simultâneo. A prefeitura também determinou que a rede tenha restrição de sites e conteúdo, como o bloqueio de sites pornográficos, além de controle individual de tráfego.

[UPDATE]: O Gerente de Comunicação da PRODAM-SP, Davi Machado, entrou em contato com a redação, afirmando que houve reunião na tarde de sexta sobre o tema, e ele garantiu que o projeto será mantido.

O projeto permanece em consulta pública e pode ser consultado clicando aqui.