Cientistas estão tentando aprofundar os estudos de uma partícula capaz de criar um campo magnético que consegue acomodar átomos de maneira estável. Chamada de skyrmion, a nova partícula pode, na prática, permitir que um número maior de informações seja agrupada em um espaço menos, dando a possibilidade de produzir discos rígidos em torno de 20 vezes menores que os atuais, sem perder espaço de armazenamento.
Porém, a pesquisa, publicada na revista americana Nature, está bem longe de ser concluída, mesmo que já exista desde a década de 1960, idealizados pelo físico britânico Tony Skyrme. A partícula funciona como um campo magnético, que agrupa os átomos em formato de vórtice. Por conta disso, as partículas podem ficar muito próximas umas das outras, sem comprometer a estabilidade do estado magnético de cada bit.
A coordenadora dos estudos sobre skyrmion na cidade alemã de Hamburgo, Kristen von Bergmann, disse que desenvolveu os skyrmions em um fino filme magnético de paládio e ferro, mas ainda não conseguiu que o produto tenha aplicação prática: os pesquisadores conseguiram gravar dados em apenas 60% das vezes, em uma temperatura próxima a -268° Celsius.