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Urna eletrônica troca Windows por software livre

Urna Biométrica: novidade das eleições deste ano
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou nesta sexta-feira (4) que as urnas eletrônicas que serão usadas nas eleições municipais de outubro terão um novo sistema operacional. No lugar do Windows, será usado o software livre Linux.

O TSE autorizou a substituição de todas as 430 mil urnas já compradas. Outras 50 mil foram adquiridas com o novo sistema. O objetivo, segundo o tribunal, é dar mais transparência e confiabilidade ao processo eleitoral.

Só este ano, o TSE espera economizar de R$ 3 milhões a R$ 4 milhões com a mudança. Nos próximos 10 anos, a expectativa é de uma economia de até R$ 15 milhões. “Como o Linux é um programa livre, não é preciso pagar licença”, explicou o diretor-geral do tribunal, Athayde Fontoura Filho.

A legislação eleitoral determina que todos os programas de informática usados nas eleições brasileiras sejam abertos à fiscalização por parte do Ministério Público Eleitoral (MPE), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e dos partidos políticos

A novidade não está restrita às urnas. Além do sistema de votação, o Linux será usado, também, na totalização de votos, na transmissão de dados e na divulgação do resultado das eleições.

Fraudes

A partir deste sábado (5) e até setembro, técnicos credenciados dos partidos, da OAB e do Ministério Público poderão acompanhar o desenvolvimento dos programas de informática que serão usados nas eleições.

Os sistemas ficarão em uma sala de acesso restrito, na sede do tribunal, em Brasília. Em uma iniciativa inédita, os técnicos poderão fazer testes para detectar a possibilidade de fraudes. Após as eleições, o sistema de informática ficará à disposição para análise destes técnicos, por dois anos.

“A nossa urna eletrônica não é algo que se mostra sob sigilo. O que desejo firmar é que nós estamos com um sistema totalmente aberto para acompanhamento por aqueles que tenham interesse legítimo”, disse o presidente do TSE, Marco Aurélio Mello, em solenidade nesta sexta. “Não há o que esconder, não há o que escamotear”, complementou.

Urnas biométricas

Outra novidade será a utilização de urnas biométricas (em que o eleitor poderá ser identificado por meio de suas impressões digitais) nos municípios de Fátima do Sul (MS), Colorado D´Oeste (RO) e São João Batista (SC).

Os três municípios servirão de “piloto” para a implementação da leitura biométrica em todo o país. O TSE quer excluir a possibilidade de uma pessoa votar no lugar de outra – que hoje ainda existe. A expectativa é que em 10 anos todos os estados tenham urnas biométricas.

Com informações de G1.